maio 26, 2009

AVISOS

Então, povo...

só reiterando os avisos que foram dados nas salas:

  1. TREND LOUNGE - SÁBADO-FEIRA; R$ 35,00 CAMAROTE - para adquirir a pulseirinha, só procurar as meninas da comissão de formatura.

  1. Cobrança da terceira etapa: os blogs disponibilizados nesse blog, as aulas de véspera de prova (e de dia de prova) e os plantões durante a semana desta terceira etapa que tá começando serão cobrados, com o intuito de arrecadar dinheiro para o projeto Bem Querer (dos professores MV e Denise) e para o Félix. O valor é de R$ 2,00 e não é obrigatório. Gostaria de insistir que todos dessem sua colaboração de modo a conseguirmos uma quantia significativa para doar para a creche (75% do arrecadado).
Não queria ter que pedir, mas conto com a colaboração de vocês. E os resumos da terceira etapa, antes que peçam ou perguntem, serão colocados com maior antecedência (até porque as provas são uma atrás da outra). O que vai continuar de véspera são as pequenas aulas de revisão (sempre nas vésperas, no período da tarde, no Galois da 902 sul).

Abraços,
Félix.

PS - se possível, entregar os 2 reais para os representantes antes do vestibular.

maio 21, 2009

JABÁ

Seguinte, galera.
1- isso não é um resumo de matemática, até porque eu não sei nada :S
2- me pediram pra fazer umas propagandas aqui, e como por dinheiro a gente faz quase tudo, aí vai...


  • FESTA


A galera da comissão de formatura tá organizando uma festa para angariar fundos para a festa de formatura. As pulseirinhas serão vendidas durante a semana, com algumas meninas do 3º ano (durante a semana, e não na Trend, como eu havia dito antes!).

SENIOR NIGHT - R$35,00, OPEN FOOD SUSHI, CAMAROTE, DIA 30/05 - TREND.

A todos que puderem, aconselho ir. Estarei lá fazendo FAS de todos que quiserem
JÉÉLAS. Mas apareçam! Qualquer dúvida, só falar com a galera da comissão.

  • MESTRE FERNANDO MENDES


Pessoal do 3º C criou uma comunidade para nosso mestre, dono das frases mais célebres da cadeira de geografia (perde, talvez, para o Tofeti). Comunidade Mestre Fernando Mendes, no orkut. Join now!

Enfim, isso num tem muita coisa a ver com o propósito do blog, mas já que certos sites que eram pra ser do 3º ano NÃO estão em funcionamento, eu ponho aqui mesmo, porque senão o povo fica que nem siri na lata: possuído!

Abraços!

maio 19, 2009

SIstemas Respiratório e Cardiovascular

Para terminar a saga de Biologia, último do Lasneaux, de sistema respiratório e introduzindo sistema cardiovascular, que são sistemas muito ligados entre si (afinal, o segundo está responsável pela distribuição do O2 coletado no primeiro e por colocar pra fora do corpo o CO2, levando dos tecidos para o pulmão e de lá pra fora). Enfim, vamo que vamo.

  • Sistema Respiratório

A obtenção de gás oxigênio, indispensável para a respiração celular e obtenção de energia para o funcionamento do corpo, segue etapas definidas. Do meio, o oxigênio é captado pela inspiração boca/fossas nasais, sendo conduzido pela faringe, desviado pela epiglote (separa fluxo de ar e de comida) para continuar descendo pela laringe (parte da garganta na qual se encontram as pregas/cordas vocais), passando para a traquéia, que sofre bifurcação, caindo em dois brônquios primários, que entram para o pulmão nos brônquios secundários, se subdividindo em vários bronquíolos que desembocam em pequenas bolsas chamadas alvéolos (estruturas menores e bem subdivididas, aumentando área de contato com os tecidos em volta). No alvéolo acontece a passagem do gás oxigênio para o sangue, que passa gás carbônico para o pulmão para ser expelido do corpo ao fim do ciclo (expiração). Às trocas gasosas entre os alvéolos e o sangue, dá-se o nome de hematose.

  1. A hematose é muito prejudicada pelo tabagismo, pois as toxinas do cigarro são capazes de destruir as células dos alvéolos, impedindo as trocas gasosas, podendo causar um enfisema pulmonar (perda gradual da capacidade respiratória - manchas pretas no pulmão: alvéolos degenerados).

Vejamos como se dá a hematose:
  • gás oxigênio: o O2 inspirado se liga à hemoglobina (Hb), formando o composto instável oxiemoglobina, que se desfaz em O2 e Hb quando atinge os tecidos (possibilitando a respiração celular nesses tecidos).
  • gás carbônico: nos tecidos, o CO2 reage com H2O, formando o ácido carbônico (H2CO3). O ácido carbônico, por sua vez, se desfaz em H+ + HCO3- (íon bicarbonato). A presença desses íons torna o sangue mais ácido, abaixando o pH (pH alto = básico; pH baixo = ácido). Quando há a hematose, os alvéolos forçam a reação dos íons, voltando ao ácido carbônico, retirando a parte ácida do sangue e transformando-a, novamente, em CO2 e água. O CO2 é liberado na expiração.
Agora, detalhes dos movimentos respiratórios:
  • Inpiração - com a contração do músculo do diafragma e dos músculos intercostaism a pressão interna interpleural diminui, forçando o ar do meio externo (O2 - alta pressão) a entrar no sistema (ar se desloca da região de alta pressão para a região de baixa pressão). O volume de ar, então, aumenta.
  • Expiração - com o aumento do volume de ar nos pulmões, resultante da inpiração, a pressão interna aumenta. Os músculos intercostais e do diafragma relaxam e o ar (CO2) é expelido.
O ciclo respiratório é a junção de inspiração com expiração. A frequência respiratória é dada pela quantidade de ciclos por certo intervalo de tempo.

O órgão que controla a frequência respiratória é o bulbo raquidiano. Ele é responsável por acelerar ou retardar a frequência em determinadas cirscunstâncias:
  • Aumento da atividade corporal: o aumento da atividade gera um maior gasto energético, que consiste em um nível maior de respiração celular, a qual tem como resultado uma maior liberação de CO2 no sangue (a taxa de H2CO3 fica elevada). Como o pH diminui consideravelmente, o bulbo comanda um aceleração da frequência respiratória objetivando uma maior captação de O2 e expulsão de CO2 para estabilizar o pH do sangue. A essa aceleração da frequência respiratória damos o nome de taquipnéia.
  • Diminuição da atividade corporal: quando estamos dormindo, por exemplo, a quantidade de CO2 reduz consideravelmente (e, consequentemente, a taxa de H2CO3 diminui), causando aumento do pH corporal. Para evitar a expulsão de CO2 e manter uma taxa mais baixa de O2, o bulbo comanda uma redução do ritmo respiratório, chamada de bradipnéia.
Abaixo, um esquema da hematose.


Agora, sistema cardiovascular ou também chamado de circulatório.

  • Sistema Cardiovascular
Responsável pelo transporte de substâncias pelo corpo, o sistema cardiovascular é composto, basicamente, pelo coração, artérias e veias. Vejamos cada um deles:
  1. Artérias: levam o sangue bombeado pelo coração para as diversas áreas do corpo. A pressão arterial é bem alta.
  2. Veias: trazem o sangue para o coração. A pressão 'venal' é bem pequena se comparada à arterial.
  3. Coração: é a bomba do corpo, responsável por bombear o sangue rico em oxigênio que vem do pulmão para o corpo e por puxar o sangue rico em gáscarbônico do corpo para o pulmão (para sofrer hematose).
O coração é um músculo involuntário que não recebe ordens elétricas do cérebro; ele já tem um controle próprio, o que evita problemas se houver panes no sistema nervoso. O controle próprio a que me refiro é o conjunto de nervos (nódulo) localizado ao redor do coração que mantém o batimento constante chamado marca-passo (ou nódulo sino-atrial, acima do átrio direito). A única coisa que o sistema nervoso controla é a aceleração (taquicardia - SNPA simpático) ou desaceleração (bradicardia - SNPA parassimpático) dos batimentos. Falando neles, os batimentos consistem em dois movimentos: a sístole (contração - "empurra" o sangue) e a diástole (relaxamento - "puxa" o sangue).


  • As partes do coração:
  1. Átrios: câmaras de entrada, por onde chega o sangue. O átrio direito recebe o sangue venoso (rico em CO2) do corpo (trazido pelas veias cavas); o átrio esquerdo recebe o sangue arterial (rico em O2) que vem do pulmão.
  2. Ventrículos: câmaras de saída, por onde o sangue é bombeado. O ventrículo direito bombeia o sangue venal recém-chegado do corpo para o pulmão pela artéria pulmonar; o ventrículo esquerdo bombeia o sangue arterial para o corpo pela artéria Aorta (que é subdividida em outras artérias como a coronária).

  • As circulações
Nos seres humanos, temos circulação dupla, o que significa que o sangue passa por dois ciclos no corpo: um ciclo menor (pequena circulação) e outro maior (grande circulação).
  1. Pequena circulação (20% do sangue, pressão alta): o sangue venoso é bombeado do ventrículo direito para a artéria pulmonar, que leva o sangue para o pulmão, aonde ele passa pelos processos de hematose e volta, rico em oxigênio, pelas veias pulmonares para o átrio esquerdo.
  2. Grande circulação (80% do sangue, pressão baixa): vem do átrio esquerdo o sangue que, rico em O2, é bombeado pelo ventrículo esquerdo para a artéria aorta e suas ramificações, que irrigam os tecidos, aonde ocorre a hematose (O2 passa para os tecidos e CO2 passa para o sangue). O sangue volta, então, rico em CO2, pelas veias cavas até o átrio direito.

Cuidado ao diferenciar os tipos de sangue:
  1. Sangue venoso: rico em CO2 e pobre em O2. Não é necessariamente carregado por veias (exemplo: a artéria pulmonar carrega sangue venoso do coração ao pulmão).
  2. Sangue arterial: rico em O2 e pobre em CO2. Não é necessariamente conduzido por artérias (exemplo: as veias pulmonares carregam sangue arterial dos pulmões ao coração).
Percurso do sangue: Coração - artérias - arteríolas - capilares - vênulas - veias (a pressão diminui durante o processo devido ao bombeamento do sangue e às espessuras dos vasos).


É isso, galera. Resumos para quarta encerrados. Aula de revisão no Galois da 902, no prédio azul, 1º andar, sala do 1º E, à partir das 14h.

Erros, dúvidas - comentem.

Abraços,
Félix.

Visão

Começando a matéria do Lasneaux da Segunda Etapa e terminando a parte de sentidos humanos, temos a visão. A visão é a captação e a interpretação de imagens através da incidência de luz no órgão fotorreceptor, que é o olho. O olho humano se assemelha a uma câmera fotográfica, com estruturas de funções semelhantes (entrada de luz, "filme", etc.). A estrutura do olho é a seguinte:
  • Externamente:
  1. Esclera: parte branca e periférica do olho que dá sustentação (composição: colágeno).
  2. Íris: área limitante entre pupila e esclera.
  3. Pupila: é a região de abertura da íris por onde entra a luz; de acordo com a quantidade de luz no ambiente, a pupila se contrái ou dilata de modo a captar mais ou menos luz (quem regula a contração é o Sistema Nervoso Periférico Autônomo, ou seja, é involuntário). A pupila é mais escura para dar mais nitidez à imagem formada.
    • Internamente:
  1. A: Esclera
  2. B: Córnea – extensão (avascular e sem organelas) da esclera; separa o meio da região de captação de luz (E, G, H e I).
  3. C: Coróide – parede interna vascularizada do olho, responsável pela nutrição e oxigenação das demais partes (além de bem pigmentada, o que aumenta ainda mais a nitidez da imagem formada).
  4. D: retina – região dos fotorreceptores. Os receptores podem ser do tipo cone (percebe cores – luz forte) ou bastonete (percebe movimento – luz fraca). É tricromática, percebendo os seguintes comprimentos de onda (regiões de pico: azul, verde e vermelho):











  1. E: Humor aquoso: parte líquida protetora do cristalino e responsável pela refração da luz (mudança de meio – mudança de velocidade).
  2. F: Humor vítreo: parte líquida refringente (responsável pela refração dos raios convergidos pelo cristalino).
  3. G: Cristalino: lente convergente de foco variável – forma imagem menor, invertida e real em relação a seu objeto.
  4. H: Músculo ciliar: ajusta a espessura do cristalino, mudando seu foco.
  5. I: Íris: parte colorida do olho (pessoas de olhos claros tendem a absorver menos luz, pois esta reflete mais – em teoria).
  6. J: Nervo óptico (ótico): responsável por mandar a imagem captada para o cérebro, que processa a informação visual.

O caminho da luz então é o seguinte: passa pela córnea, sofre refração pelo humor aquoso, é convergida pela lente do cristalino para o humor vítreo, que conduz (refrata) os raios para a retina, que transporta a imagem formada na forma de impulso elétrico para o nervo ótico, que leva o impulso para o cérebro, aonde a imagem é interpretada.




Quando há problema em alguma dessas etapas da luz, ocorre um distúrbio na visão. Os principais são:

  • Miopia: a imagem se forma antes da retina, graças a uma deformação ou alongamento no globo ocular ou no cristalino, de tal maneira que se deve usar uma lente divergente para que a luz chegue mais longe, atingindo a retina. (Só lembrar daquela maravilhosa piada: "Por quê míope não vai ao zoológico? Porque ele usa lente di-ver-gente!" ¬¬)
  • Hipermetropia: a imagem se forma depois da retina, novamente graças a alguma deformação ou achatamento do globo ocular ou no cristalino, gerando mudança de foco. A correção é o uso de lente convergente, de tal maneira a antecipar a formação das imagens.
  • Astigmatismo: agora o problema não é no lugar de convergência dos raios ,mas sim de chegada na retina: o astigmata forma várias imagens, resultando em borrões. Isso ocorre porque a córnea dos astigmatas tem uma curvatura anormal, desviando os raios de maneira irregular. A correção é por lentes cilíndricas, que tentam amainar os acidentes da córnea.
  • Presbiopia, comumente chamada de "vista cansada": atinge a população a partir dos 40 anos. Acontece que, assim como todos os músculos do corpo, com a idade, tendem a ficar mais rígidos (menos elásticos) e, seguindo a tendência, os músculos ciliares também começam a endurecer, não sendo mais capazes de fazer a alteração constante do foco do cristalino.
  • Daltonismo: problema dos cones, que não conseguem distinguir certas faixas de comprimento de ondas, confundindo cores.
  • Catarata: por infecção ou idade, o cristalino começa a ficar opaco, barrando parte da luz. Com o tempo, vai ficando mais grave, levando à cegueira. A correção é feita por uma cirurgia (laser).

Com isso, encerramos visão e sentidos. Próximo resumo, Sistemas Respiratório e Cardiovascular.

Erros e/ou dúvidas, comentem. Respondo assim que ler os comentários.

Abraços,

Félix.

Membrana e Transporte

Segundo e último do Fadul, sobre Membrana Citoplasmática e transporte de substâncias. A membrana citoplasmática, ou simplesmente membrana plasmática, ou ainda plasmanema, é a estrutura que delimita o citoplasma, delimitando a célula, possibilitando, assim, a comunicação física e química da célula com o meio. A membrana é uma estrutura muito pequena, podendo ser vista apenas por microscópio eletrônico. Mesmo assim, não é possível determinar exatamente a sua formação estrutural; por isso usamos um modelo para representá-la chamado de Modelo do Mosaico Fluido. Antes de analisarmos o modelo, vejamos algumas características da membrana:
  • Permeabilidade seletiva: como uma catraca, a membrana "escolhe" o que vai entrar ou sair da célula.
  • Alta resistência elétrica: a estrutura da membrana resiste a altas correntes elétricas sem que isso cause deformação da mesma.
  • Regeneração: mesmo que limitado, a membrana tem um poder de regeneração de seus componentes (proteínas, lipídios, etc).
  • Elasticidade: sua composição química permite que ela tenha uma maleabilidade maior, dando maior possibilidade de mudanças na conformação, melhorando a adesão celular, etc.

O Modelo do Mosaico, baseando-se na composição química da membrana, diz que esta é uma estrutura lipoprotéica, composta de uma bicamada fosfolipídica, proteínas, lipídios e colesterol (e carboidratos com papel secundário). Vejamos a função e/ou estruturação de cada um desses componentes:

  • Bicamada fosfolipídica
    Composta por fosfolipídios, que são compostos por lipídios ligados a fosfatos. Os fosfolipídios têm duas partes: cabeça (polar – hidrofílica, tem afinidade com água) e cauda (apolar – hidrofóbica, não tem afinidade com água).

  • Colesterol
    Entre os fosfolipídios da bicamada, é o que confere a maleabilidade à membrana.
  • Proteínas Periféricas ou Extrínsecas
    Têm uma fraca ligação com a bicamada, não conseguindo atravessá-la, podendo ser facilmente retiradas da membrana.
  • Proteínas Integrais, Intrínsecas ou Transmembrana
    Têm forte ligação com a bicamada, atravessando-a e sendo dificilmente retiradas da estrutura membranosa. Podem ser estruturas:
  1. Transportadoras (meio de comunicação entre o meio externo e o meio celular – são canais, túneis)
  2. Estruturas de Ligação (unem o meio celular ao meio externo – sustentação, adesão celular)
  3. Receptoras (captam substâncias do meio externo, causando respostas no meio celular – resposta a hormônios e impulsos elétricos, por exemplo)
  4. Enzimas (servem como catalisadoras de reações no meio interno da célula – facilitam reações metabólicas)
  • Glicocálix
    Formado pela junção das glicoproteínas (proteínas ligadas a carboidratos) e dos glicolipídios (lipídios ligados a carboidratos). Tem função de adesão celular, reconhecimento (é a "identidade" da célula e do indivíduo), proteção química e mecânica da membrana, especificação dos grupos sanguíneos do sistema ABO, além de exercer função enzimática.

    Agora vejamos como ocorre o transporte de substância pela membrana. E para entender transporte, temos que lembrar um pouco da noção química de difusão e concentração... Quando existe diferença de concentração de um soluto em dois meios separados por uma membrana permeável, a tendência do sistema é entrar em equilíbrio. O equilíbrio pode vir com o deslocamento de soluto ou de solvente, mas como estamos vendo o transporte de substâncias para dentro ou fora da célula, falemos sobre deslocamento de soluto. Quando o soluto se move de tal maneira que busque o equilíbrio de concentração, falamos que ele está seguindo o sentido de seu gradiente de concentração (do meio mais concentrado para o meio menos concentrado). Como o processo é natural, não há gasto de energia – transporte passivo. Se ocorrer o contrário, ou seja, se o soluto se deslocar para o meio mais concentrado, dizemos que ele está contra o gradiente. Para tal, ele precisa gastar energia – transporte ativo. Agora, vamos os tipos específicos de transporte.

    I – Transporte em quantidade ou em massa: como o soluto não consegue atravessar a membrana, esta se deforma para englobar ou expulsar a partícula (ex: fagocitose e excreção).

    II – Transporte através da membrana: pela bicamada (se for apolar) ou por transportador protéico (se for polar). Pode ser por transporte passivo ou ativo.


  • Transporte passivo ou difusão: a substância atravessa a bicamada, uma proteína de canal simples ou uma proteína carreadora sem incorrer em gasto de energia (segue o gradiente).

  1. Difusão simples: a substância passa sem precisar se ligar à bicamada ou à proteína de canal simples. É mais rápida e acontece, geralmente, com partículas apolares (hidrofóbicas).
  2. Difusão facilitada: a substância se liga à proteína carreadora, provocando uma mudança em sua conformação, e entra (ou sai) na célula. É mais lenta e acontece com partículas polares (hidrofílicas).
  • Transporte ativo: é contrário ao gradiente, necessitando, portanto, de energia (na forma de ATP) direta ou indiretamente. Ocorre por proteínas carreadoras (substâncias polares – geralmente íons).
  1. Ativo primário: gasta energia na forma direta de ATP (através de proteínas ATP-ásicas, que quebram o ATP em ADP + Pi – "bombas"). O melhor exemplo é a bomba de Sódio e Potássio que, através do complexo das proteínas alfa e beta, consegue tirar 2Na+ e 3K+ da célula, usando ATP. Isso cria uma concentração ainda maior de K (azul) e Na (vermelho) no meio externo, aumentando a força do gradiente de fora para dentro (o que auxilia no próximo tipo de transporte).

  1. Ativo secundário: gasta, indiretamente, a energia do processo primário. Como a tendência do sódio é voltar para o meio interno da célula, seguindo seu gradiente, outras partículas aproveitam-se dessa energia para entrar ou sair pela mesma proteína:
    1. Simporte ou co-transporte: o sódio entra na célula, auxiliando alguma partícula a entrar contra seu gradiente. Exemplo: co-transporte Sódio e Glicose (contra o gradiente da glicose - rosa).

    1. Antiporte ou contratransporte: o sódio entra, auxiliando uma partícula a sair pela mesma proteína, que funciona como uma "porta giratória". Ex.: antiporte Sódio e H+ (roxo).



Pronto, de Fadul é isso. Só lembrando: aula hoje, terça, no Galois da L2, sala do 1º E, primeiro andar do prédio azul, começando às 14h.

Erros, como sempre, só avisar no comentário que eu corrijo/discuto nos próprios comentários.

Abraços,

Félix.

PS: os gifs não estão funcionando direito no blog, então é só visualizá-los nos slides do Fadul, que já estão no meu 4shared há um tempo, ou clicar neles para uma visualização em outra página.

maio 18, 2009

Dogma Central da Biologia Molecular

Iniciando a saga de resumos de Biologia, temos a matéria de genética molecular, do Fadul, que inclui Duplicação (ou replicação) de DNA, Transcrição de RNA e Tradução de proteínas (juntando tudo temos o Dogma Central da Biologia Molecular). Como já vimos duplicação, não vão cair detalhes, só aspectos mais gerais.


  • Duplicação: é o processo semiconservativo de produção de novas fitas de DNA através de uma dupla-fita molde (é semiconservativo pois metade das fitas novas de DNA formadas é constituído de fitas antigas). O processo pode ser descrito em fases (não precisa decorar as proteínas):
  1. Quebra das ligações de hidrogênio que mantêm a dupla-fita molde unida. A proteína Helicase é responsável por essa quebra.
  2. Marcação dos locais de início de leitura das fitas anti-paralelas. A proteína RNA primase coloca os PRIMERS (pedaços de RNA) nas extremidades 3'OH.
  3. Leitura e produção de fitas complementares (anti-paralelas) através das fitas moldes. A proteína DNA Polimerase III lê e adiciona aminoácidos de acordo com a fita molde (na direção 3' > 5').
  4. Retirada dos Primers, que são trocados por pedaços de DNA pela enzima DNA Polimerase I.
  5. União dos fragmentos de Okasaki (pedaços DNA na fita 5' > 3', lida e complementada de maneira descontínua). A enzima responsável por ligar os fragmentos é a Ligase.
  6. Verificação e correção de possíveis erros no processo replicativo. A enzima DNA Polimerase II faz uma lida rápida atentando para possíveis imprecisões, corrigindo-as.
Agora, a transcrição.

  • Transcrição: de certa forma similar à replicação, a transcrição é um processo que se utiliza de uma fita molde (um pedaço) de DNA para a formação de uma fita simples de RNA. O processo ocorre no núcleo celular (ou no citoplasma dos procariotos) e pode ser descrito através das seguintes etapas:
  1. A enzima RNA Polimerase quebra a dupla-fita na altura para a transcrição, produzindo uma fita anti-paralela (ou seja, lê uma das fitas de DNA no sentido 3' > 5', produzindo a fita de RNA no sentido 5' > 3'). As bases nitrogenadas dos nucleotídeos do RNA são: adenina, uracila ("substitui" a timina), guanina e citosina (A com U, G com C).
  2. A fita formada (chamada transcrito primário), é marcada em sua extremidade inicial 5' por uma guanina modificada ("CAP") que comanda a adição de 100 a 200 bases adenina. A essa extremidade, que confere estabilidade à fita de RNA, damos o nome de Cauda Poli A.
  3. O transcrito primário passa por um processo de "purificação", digamos assim, no qual são retiradas as partes que não serão utilizadas na sintetização de proteínas: os íntrons (INúteis = ÍNtrons). Os íntrons são retirados por um complexo de proteínas e nucleotídeos chamado spliciossomo, que se liga às pontas dos íntrons, se unem e se destacam do transcrito. As partes úteis (os éxons) são mantidas, formando o transcrito maduro.
  4. O transcrito maduro passa para o citoplasma da célula, onde poderá participar do processo de síntese protéica.
Observações:
  1. Como os procariotos não apresentam núcleo, não ocorre splicing - o RNA primário é utilizado na síntese de proteínas, sem ser "amadurecido" (isso também ocorre devido ao fato de o RNA dos procariotos ser quase 100% útil na tradução).
  2. O slicing pode ocorrer de maneira alternativa, ou seja, podem haver combinações diferentes entre os éxons formados, gerando transcritos maduros diversos - tal processo de splicing alternativo aumenta a variabilidade protéica.
Agora que vimos como o RNA é transcrito e vai para o citoplasma, vejamos a sua função no citoplasma. O RNA pode formar os ribossomos (RNAr - ribossômico), pode formar o RNA transportador (RNAt - responsável pelo transporte de aminoácidos) e a própria fita que carrega as informações do DNA, o RNA mensageiro (RNAm). Todos esses elementos são fundamentais para o processo que veremos agora: a tradução de proteínas (detalhe: proteínas são formadas por aminoácidos - cadeias carbônicas compostas por um grupo Amina e um grupo Ácido Carboxílico).

  • Tradução: é o processo de sintetização (formação) de proteínas através da fita de RNA mensageiro, que vem do núcleo depois de transcrito. As estruturas participantes do processo são: o RNA mensageiro, o RNA transportador e o ribossomo (formado por RNA ribossômico. O ribossomo é dividido em duas subunidades - maior (contém os sítios de ligação entre RNA mensageiro e RNA transportador) e menor (se liga ao RNA mensageiro, possibilitando sua leitura e a montagem do ribossomo como um todo).
A tradução, então, ocorre na seguinte ordem:
  1. O RNA mensageiro vai para o citoplasma, aonde é ligado à subunidade menor do ribossomo.
  2. O RNA transportador se liga ao RNA mensageiro, iniciando o processo de tradução. A ligação é feita entre trios de nucleotídeos: as sequências de 3 nucleotídeos no RNA são chamadas de códons. Cada códon se liga a uma sequência específica de 3 outros nucleotídeos presentes no RNAt, que é chamada de anticódon. Como cada RNA transportador carrega um aminoácido específico, cada códon comanda a adição de um aminoácido específico.
  3. Observação: existe um códon - AUG, adiciona o aminoácido metionina - que determina o início da tradução; assim como existem códons chamados de STOP CODONs, que não adicionam aminoácido - eles determinam o final da tradução. Ao final da tradução, a metionina inicial geralmente é retirada.
  4. Nas ligações entre os aminoácidos, que formarão a proteína, o grupo Amina de um se liga ao grupo Ácido do outro, numa ligação chamada Peptídica.
  5. Cada ligação peptídica gera, como produto, uma molécula de água.

OH do ácido e H da amina se unem - H2O.

O exercício pode pedir número de ligações peptídicas, de moléculas de água formadas, de nucleotídeos, de códons, de aminoácidos adicionados... É só usar as seguintes relações:
  1. Nº de Códons = número de nucleotídeos do RNAm dividido por 3
  2. Nº de Aminoácidos adicionados = número de códons - 1 (stop códon)
  3. Nº de ligações peptídicas = número de aminoácidos - 1 (assim como entre 5 dedos há 4 espaços, entre 5 aminoácidos há 4 ligações)
  4. Nº de moléculas de H2O formadas = número de ligações peptídicas
Isso vale para cada proteína, ou seja, se ele disser que o mesmo RNAm gerou X proteínas, o número de nucleotídeos (e consequentemente o de códons) é constante; o restante é só multiplicar por X.


  • O código genético
Código genético é o conjunto de todos os códons que podem ser formados através das combinações entre os nucleotídeos U, A, C e G (64 códons no total), além de definir quais são os respectivos aminoácidos adicionados pelos códons formados. Diz-se que o código genético é universal pois qualquer ser vivo (algumas bactérias fazem a exceção) produz os mesmos aminoácidos a partir dos mesmos nucleotídeos. Além disso, ele é degenerado. (Eca, Fadul! Degene-quem??) Ele ser degenerado significa que existem aminoácidos que podem ser adicionados por mais de um tipo de códon (no total são apenas 20 tipos de aminoácidos para 64 códons - existem 3 stop códons, por exemplo). Cuidado! Existem aminoácidos definidos por diferentes códons, mas cada códon só define um tipo de aminoácido (é degenerado, mas não é ambíguo!).
De Dogma Central é isso. Próximo é de membrana plasmática e transporte, que deve sair de madrugada assim como o de Lasneaux. Chico não vejo porque ter resumo se todos os exercícios de 2ª Lei podem ser transformados em 1ª.
AMANHÃ, terça-feira, véspera de quarta (prova), haverá aula de revisão (à partir das 14h) na sala do 1º E da 902, no prédio azul (1º andar). Qualquer dúvida em relação à matéria ou aos resumos pode ser resolvida lá.
Abraços,

Félix.

maio 16, 2009

Aulas do Lasneaux

As aulas de Sistema Respiratório e Sistema Cardiovascular do professor Marcello estão disponíveis ao clicar na imagem abaixo...





Os arquivos de Biologia estão todos aí. Qualquer erro, só me avisar por comentário que eu arrumo. Resumos vão sair. Não garanto datas, mas vão sair. Abraços,
Félix.


Aulas do Chico

Picitiu! As aulas do Chico de 1ª e 2ª lei de Mendel que ele deu em data-show, estão disponíveis clicando na imagem a seguir.


Já posto as aulas do Lasneaux.
Abraço!

Nova Aula do Fadul

A aula do fadul de Membrana e Transporte foi atualizada por ele com gifs. Então, para baixar a nova versão ("[2]membrana e transporte"), além da aula de "duplicação, transcrição e tradução", só clicar na imagem:

Postarei ainda hoje os arquivos do Lasneaux e os slides do Chico. Os resumos serão postados amanhã e segunda (no mais tardar, Lasneaux na terça-feira). Aula de revisão de biologia na terça-feira de tarde no Galois da 902.

Abraços,
Félix

maio 13, 2009

Introdução ao estudo da Sociologia

A matéria de Sociologia se resume (haha. ¬¬) aos pensamentos de Comte, Durkheim, Weber e Marx. Talvez lembre alguma coisa que viram ano passado, porque é EXATAMENTE a mesma matéria de uma das provas do Emiliano. Seria fácil simplesmente colar aqui o resumo do ano passado, mas acontece que o Eduardo cobra de maneira diferente. E as "piadinhas" já estão antigas, então melhor fazer outro...



  • Auguste Comte (1798 - 1852)

Considerado pai da Sociologia, Comte foi o primeiro a pensar no estudo da sociedade como uma ciência, fazendo analogias com ciências exatas e naturais - por exemplo: a sociedade deve ser tratada como um organismo social, comparando-a com um organismo biológico, que tem características próprias e pode ser estudado seguindo alguns parâmetros pré-estabelecidos. Como toda ciência, a Ciência da Sociedade precisaria de objetos de estudo (a sociedade em si), conceitos básicos (definições iniciais, leis sociais) e um método científico (regras para o estudo sociológico).

O contexto histórico do surgimento da Sociologia é de expansão do Capitalismo, com o colonialismo, o neocolonialismo e o Imperialismo. Usando-se das idéias de Comte e de Darwin de que se pode comparar a sociedade com um organismo biológico e que os organismos evoluem (seleção natural), os europeus definiram que a sociedade ocidental européia, tida como "civilizada", era mais evoluída que as demais sociedades. Sendo assim, o "homem branco" tem o dever (fardo) de levar a civilização e a cultura européias para os outros povos "atrasados". Tal subterfúgio (desculpa, justificativa) de caráter pseudo-científico levou o nome de "Darwinismo social".

  • Émile Durkheim (1858 - 1917)

Durkheim enveredou (se aventurou) pelos mesmos caminhos de Comte, aprofundando o caráter cientificista do método sociológico. Fixou que o objeto de estudo do sociólogo deve ser o fato social. Mas o que vem a ser o fato social? Fato social é todo aquele fato que se repete numa sociedade ao longo do tempo. O fato social tem certas características, tais como:

  1. Generalidade: se repete de maneira igual ao longo do tempo - deve ser estudado na sua generalidade, não nas suas especificidades. Não há necessariamente um sentido para o fato social, ele apenas de repete de forma geral.
  2. Exterioridade: não depende do indivíduo, depende do meio (uma forma de determinismo - homem é fruto do meio). Não há vontade individual, apenas uma vontade ou consciência coletiva.
  3. Normal ou patológico: o fato social pode ser classificado como normal ou patológico dependendo de quanto ele se repete. Se é algo que se repete de maneira majoritária na sociedade, ele é normal. Se ele é algo mais isolado, é patológico. O crime, por exemplo, pode ser patológico para uma sociedade (pacífica) e normal para outra (violenta). O suicídio é outro exemplo: no ParkShopping é algo patológico enquanto que, no Pátio Brasil, é completamente normal.

A força da sociedade sobre o sujeito é chamada, por Durkheim, de coerção social, que coletiviza a sociedade (não há expressão individual) através da educação (seja ela formal - escolas, ou informal - família, religião) e de sanções, ou seja, punições para aqueles que vão contra a consciência coletiva. As sanções podem ser legais (previstas pela lei) ou espontâneas (isolamento, preconceito, discriminação).

Para Durkheim, a Sociologia tem como objetivo estudar/analisar a sociedade e, assim, elaborar soluções para a vida social, proporcionando a felicidade. Tal estudo deve ser feito de maneira imparcial (neutra) pelo sociólogo, de modo a obter um resultado mais objetivo - através de coleta de dados (estatística) e experimentos (empirismo). E, antes de se estudar os fatos sociais, o sociólogo deve entender a origem morfológica das sociedades - as sociedades passam por duas fases distintas: solidariedade mecânica e solidariedade orgânica.

  1. Solidariedade mecânica: em sociedades como a medieval, a vontade coletiva é valorizada em detrimento da vontade individual. Sendo assim, a coerção social é mais presente e forte, especialmente através da educação informal (crenças, tradições).
  2. Solidariedade orgânica: ocorre desde a passagem da Idade Média para a Idade Moderna e, mais especificamente, na Idade Contemporânea, na qual a vontade coletiva perde para as vontades individuais, diminuindo consideravelmente a coerção social (que ainda existe especialmente através da educação formal e das sanções).

  • Max Weber (1854 - 1920)

Principal representante da sociologia alemã do século XIX, a qual é especialmente preocupada com a edificação de um sentimento de integração nacional alemã (o país acaba de se unificar, tardiamente), com a criação de uma memória nacional e com o entendimento da diversidade (o país foi composto a partir de diversos reinos). Para tal, busca entender a realidade da época - expansão e consolidação do capitalismo e do imperialismo - e a evolução da sociedade através dos tempos. Sendo assim, Weber propõe uma sociologia vista por uma perspectiva histórica, pois diz que uma "sucessão de fatos não tem sentido em si mesma", ou seja, precisa de um contexto (como também insiste em dizer o Riemma).

A maior parte das teses de Weber podem ser comparadas com as de Durkheim - o que um fala, o outro contraria. O método cientificista de Durkheim, com seu fato social, seu determinismo (coerção social), seu generalismo e sua imparcialidade, é totalmente contrariado pelo método de Weber. Weber propõe um método compreensivo, que leve em consideração os aspectos históricos e estude a ação social. Ação social é o objeto de estudo da sociologia (assim como era o fato social) e deve ser estudado levando-se em consideração que cada ação é particular (específica), vem da vontade própria do autor, que a executa por um motivo (um sentido, um objetivo final) através dos agentes que possibilitam a ação. Além disso, ele crê na parcialidade do sociólogo, pois é melhor tomar posição do que assumir uma imparcialidade impossível. Um com exemplo para ação social seria uma carta. A ação em si é a de mandar a carta; o autor é quem escreve; o sentido ou objetivo final é a comunicação; os agentes são todos os que participam do processo (os Correios, o vendedor do selo, o carteiro...).

Como, para Weber, o sociólogo tem de assumir uma posição em relação ao objeto estudado, pode existir o certo e o errado. O conjunto de características "certas" (ideais) forma o que Weber chamou de tipo ideal, usado de parâmetro de comparação para se analisar os objetos de estudo, com o objetivo de atingir o tipo ideal.

Agora, o hipócrita metido que agora está, muito provavelmente, no playground do inferno, brincando de gangorra no colo do capeta...

  • Karl Marx

Marx, juntamente com Engels, foi o responsável pela teorização de um sistema de produção no qual não existisse desigualdade (HAHAHA, minha pipa tá no ar!). Por ter base em estudos históricos sobre os modos de produção (capitalismo, mais especificamente) e sobre a luta de classes desde o início da humanidade, Marx denominou sua teoria como socialismo científico. Ele desenvolve uma visão materialista da história (materialismo histórico - tudo gira em torno do dinheiro, da economia), motivo pelo qual ele estudou tão a fundo os modos de produção - acaba generalizando ao dizer que a história da humanidade é a história dos modos de produção e, consequentemente, da constante luta de classes entre dominantes e dominados, burguesia e proletariado (tese versus antítese - dialética hegeliana). Para romper tal luta constante, ele prega uma revolução dos dominados/proletariado para acabar com a desigualdade (sei,sei - tão boa sugestão que até hoje não deu certo).

Alguns conceitos de Marx:

  1. Modo de Produção: conjunto de práticas econômicas (aliadas à práticas políticas e sociais) que rege o sociedade numa determinada época.
  2. Classes sociais: conceito que vem da dialética hegeliana, diferenciando aqueles que detêm a força de trabalho (dominados: servos, proletariado) daqueles que detêm os meios de produção e as riquezas (dominantes: nobres, burguesia).
  3. Alienação: é a separação do trabalhador de seus meios de trabalho. Na Idade Média, por exemplo, o trabalhador possuía suas ferramentas e participava de todo o processo produtivo, obtendo, inclusive, parte do lucro (resultado de seu trabalho). Com o advento das Revoluções Industriais, o trabalhador foi separado (alienado) de suas ferramentas, tendo que trabalhar para o dono dos meios de produção (donos das fábricas - burgueses), não mais participando de todo o projeto nem, menos ainda, fazendo parte dos lucros.
  4. Valor: o valor de um objeto é definido pelo que foi gasto para ser feito, pelo trabalho (mão-de-obra) e pelo lucro de quem vende/comercializa.
  5. Salário: é o pagamento pelo trabalho do indivíduo, que não leva em conta o lucro gerado por ele.
  6. Mais-valia: é a exploração do trabalhador, o qual recebe um salário que não representa o lucro que ele trouxe ao chefe, que não teve que trabalhar, apenas usa do trabalho de outrém.

É isso, galera. Para os que quiserem dar uma lida melhor nesses sociólogos, só dar uma olhada no blog do ano passado.

Abraços,

Félix.

Motivos para a Grande Guerra


Esta parte do Cássio fala dos motivos para a eclosão da 1ª Guerra Mundial (1914-1918) ou Grande Guerra. Uma pequena parte dos motivos ele já cobrou na prova passada (tem no resumo antigo), que fala da política externa da Grã-Bretanha, da Supremacia Européia no cenário internacional, da anarquia internacional... Enfim, vamos continuar com a matéria da segunda etapa, que engloba o período de 1870 a 1914, quando começou a Guerra.




  • Questão do Oriente

Um dos motivos que mais causou instabilidade no cenário internacional pré-Guerra foi a Questão do Oriente, que envolve a decadência do Império Turco-Otomano (controlado pelo califa, chefe da UMMA - comunidade islâmica, e sucessor de Maomé) e a disputa de seus vastos territórios (que envolvem o Oriente Médio e a região dos Bálcãs). A decadência desse gigante se deu, principalmente, pela diversidade étnica e cultural presente em seus territórios, o que gerou movimentos separatistas, em especial da parte dos povos cristãos (gregos, eslavos, romênios e armênios). Outro motivo era o grande atraso econômico e tecnológico do Império Turco, baseado na agricultura (sociedade arcaica). Em último, mas não menos importante, vem o motivo do Imperialismo Ocidental, que buscava a desintegração do território Turco; dentre tais imperialistas, o mais evidente era Rússia, que buscava uma saída para o Mediterrâneo e o controle da região do Cáucaso (ver mapas).

Todos esses fatores, especialmente o do imperialismo russo, levaram à Guerra Russo-Turca, em 1877-1878. Nessa guerra, a Rússia sai vencedora, anexando territórios no Mar Negro e no Cáucaso, além de apoiar a independência da Sérvia e da Romênia. A Bósnia também conseguiu ficar livre do Império Turco-Otomano, mas acabou sendo anexada pelo Império Áustro-Húngaro (ou simplesmente Áustria-Hungria - AH).

  • Anarquia Internacional

A ausência de um organismo internacional que reunisse as principais potências com o objetivo de manutenir a paz e a ordem ("Concerto Europeu") gerou uma atmosfera de tensão, especialmente com a ascensão da Alemanha, que ameaçou e acabou com a hegemonia da Grã-Bretanha.

  • Imperialismo Capitalista

Apontado por muitos (marxistas, inclusive) como principal motivo para a eclosão da guerra, o capitalismo financeiro-monopolista aumentava a competição por colônias e mercados consumidores. A entrada da Alemanha de forma tardia nesta corrida capitalista também abalou a conjectura econômica/política da época.

  • Causas Nacionalistas

Chauvinismo ou Jingoísmo são nomes dados para o nacionalismo ou revanchismo extremo contra algum "inimigo histórico" externo. São exemplos da época:

  1. Revanchismo Francês: por ter perdido a Guerra Franco-Prussiana para a Alemanha e a Prússia, os franceses buscavam vingança e logravam recuperar os territórios da Alsácia-Lorena, perdidos na mesma guerra.

  2. Pangermanismo: união ou aliança entre os povos germânicos (especialmente os alemães), o que favoreceu a aliança entre Alemanha, Áustria-Hungria e Prússia contra os eslavos, tidos como ameaça ao Império Alemão (que veremos em breve).

  3. Pan-eslavismo: união ou cooperação entre os povos eslavos (russos, sérvios, tchecos), dando destaque à Rússia como "defensora dos povos eslavos".

  4. Iugoslavismo: ideal de união dos povos eslavos do sul (Iugoslavos) para a criação da Iugoslávia (ou Grande Sérvia, que era o ideal expansionista sérvio). Foi direcionado contra a Áustria-Hungria, que ocupava a Bósnia.




  • Questão Alemã

Uma das mais complexas questões pré-Guerra, a questão da Alemanha pode ser dividida em 3 fases:

  1. Unificação (1864 - 1871)

O chanceler alemão Otto von Bismarck, apoiado militarmente e politicamente pelo Rei da Prússia, Guilherme I, foi o principal responsável pela unificação dos reinos alemães em 1871, após vários conflitos com as potências vizinhas (principalmente contra a França, na Guerra Franco-Prussiana de 1870-71). Com a unificação e a criação do II Reich (Segundo Império) Alemão, o país se tornou a maior potência industrial e militar do Cosmos, quebrando o equilíbrio de poder no continente e acabando com a hegemonia Britânica (no quesito industrial). Restava a dúvida: usar este poder adquirido para manter o "Concerto Europeu" ou para impor a hegemonia alemã? As duas eras que sucedem são respostas constrastantes à tal pergunta:

  1. Era Bismarckiana (1871 - 1890)

Bismarck, assumindo o papel de Chanceler Imperial do II Reich, preferiu manter, de certa forma, o equilíbrio de forças na Europa, exercendo um colonialismo moderado (para não irritar os ingleses) e forjando alianças (exemplo: em 72, foi assinado com a Rússia e a Itália um acordo dos 3 Imperadores, contra qualquer movimento revolucionário que ameaçasse o poder monárquico). Tal política (Real Politik) de equilíbrio de forças envolvia a preservação da unidade do recém-formado Estado alemão e do poder monárquico, além de provocar um isolamento diplomático da França (para que esta não conseguisse um aliado que a ajudasse a recuperar os territórios perdidos para a Alemanha), e um acordo que confirma tal politica é o assinado em 82 com Áustria-Hungria e Itália contra a França. E falando em acordos, outro que Bismarck firmou foi o Resseguro, de 87, garantindo uma política de não-agressão mútua com os russos.

  1. Era Guilhermina (1890 - 1918)

Com a morte do Rei (Kaiser) Guilherme I, assume seu filho Guilherme II, que tem o ideal de usar o poder alemão para impor o II Reich na Europa. Sua primeira medida é despedir o chanceler Bismarck. Para que demití-lo? Porque, por mais que ele tenha desenvolvido o país, ele o fez criando alianças, sem impor o poderio alemão, o que possibilitou um maior desenvolvimento das outras potências em detrimento da Alemanha na Era Bismarckiana. Além disso, a modernização durante um governo autoritário gera ideais revolucionários das classes operária e média, ameaçando o poder da monarquia e dos "Junkers" (aristocratas militaristas da Prússia). Para amenizar tais pressões populares, Guilherme II lançou uma política Nacionalista Imperialista de Engrandecimento da Alemanha, gerando um sentimento nacionalista expansionista e de apoio à monarquia. Tal política recebeu o nome de Weltpolitik e tinha por objetivo a imposição do poderio do II Reich. Inicialmente com a criação de uma grande Marinha (Grã-Bretanha ficou desesperada e começou uma corrida naval), com o fortalecimento da aliança com a Áustria-Hungria e com o afastamento da Rússia (considerada inimiga - eslava).

O afastamento de Rússia e Alemanha favoreceu enormemente a Rússia, pois esta se aproximou da França e da Grã-Bretanha, formando a Tríplice Entente (1907). Estando aliados aos franceses, os russos começaram a desenvolver seu exército, ameaçando o poderio bélico da Alemanha. Estando cercada de potências rivais e com a desenvolvimento militar russo, o raciocínio alemão começou a ser: melhor guerrear enquanto ainda estou mais forte (gerou tensão na Europa).

  • Crises internacionais/regionais
  1. Marrocos, 1906-1911: França e Alemanha lutam pelo apoio marroquino. Alemanha se retira do país em 1911.

  2. Bálcãs, 1908: Áustria-Hungria anexa a Bósnia, gerando o surgimento de grupos de oposição terroristas na região - Jovem Bósnia e Mão Negra.

  3. Bálcãs, 1912-1913: Guerras Balcânicas - fortalecimento militar e político-regional da Sérvia.

  4. Bósnia, 1913-1914: assassinato do Arqueduque Francisco Ferdinando, herdeiro do trono da Áustria-Hungria, numa visita à cidade de Sarajevo. O assassino era do grupo Jovem Bósnia. A Áustria-Hungria acusa a Sérvia pelo ataque, precipitando a guerra.

Começa então a Grande Guerra de 1914, com um arqueduque morto e declarações de guerra a torto e a direito. Depois de 4 anos de Guerra, Impérios varridos do mapa, uma nova potência surgindo... É muita emoção. Não perca, no próximo capítulo de A GRANDE GUERRA.

Ok, autismos à parte, é isso. Qualquer erro, dúvida, sugestão, frase célebre, só comentar.

Aula de tarde (14h às 18:30h) no Galois da L2. Só me procurar no colégio (se não me achar: 81472185).

Abraços!

República Velha

Provas de Quinta: História, Sociologia e Química. Resumos do Paulo, do Cássio e do Eduardo. Quarta-feira, no período da tarde, darei uma revisão de história e sociologia (e resolução de exercícios de química, se der tempo). Aos interessados, estarei no Galois da L2 a tarde toda; só me procurar. Vamos ao que interessa agora...



REPÚBLICA DO BRASIL - REPÚBLICA VELHA

Dá-se o nome de República Velha ao período da história brasileira compreendido entre a Proclamação da República (1889) e a ascensão de Vargas ao poder (1930). Tal período pode ser dividido em 3 fases (na verdade, são 2 e a segunda é subdividida): República da Espada, República Oligárquica e República do Café-com-leite (que não deixa de ser parte da Oligárquica).


  • República da Espada (1889 - 1930)

Iniciado com o golpe republicano de 15 de novembro, o governo republicano brasileiro começou com a presidência do Marechal Deodoro da Fonseca, que (como já vimos em outro resumo) teve de renunciar graças à 1ª Revolta da Armada - o almirante Custódio de Melo, em resposta às medidas ditatoriais de Deodoro, como o fechamento do Congresso, ameaça bombardear a cidade do Rio de Janeiro. Com a renúncia de Deodoro, o certo seria convocar eleições (pois o vice só poderia assumir depois da metade do mandato; como a renúncia foi antes disso, nada feito), mas Floriano Peixoto, vice-presidente, assumiu ilegalmente a presidência e disse que governaria um mandato inteiro. Contra tal medida ditatorial, Custódio de Melo se lançou novamente contra o governo central, ameaçando bombardear o Rio. Floriano, mais rápido, organizou uma contra-ofensiva e expulsou a Marinha do Rio, perseguindo-a até Santa Catarina, onde a Marinha havia se instalado com apoio dos separatistas. Com auxílio dos gaúchos nacionalistas, Floriano massacrou a 2ª Revolta da Armada e a Revolução Separatista na cidade de Desterro, que mudou de nome para Florianópolis (bem modesto o cara). Terminado o seu mandato, Floriano e o exército retiraram-se da política para só voltar muito tempo depois.


  • República Oligárquica (1894 - 1906) ou Ditadura dos Cafeicultores
Como o nome oligárquica sugere, esse foi um período de "governo de poucos", no qual a cafeicultura de São Paulo se manteve no poder através de fraudes eleitorais, conchavos políticos, trocas de favores, corrupção... E tudo isso num ambiente político aparentemente democrático: eleições, vários partidos, etc. Mas a situação era sempre a mesma: aquele que tivesse o apoio da cafeicultura ganhava. Um dos mecanismos mais usados para fraudar os resultados era o voto de cabresto; voto de cabresto era o voto aberto, no qual o eleitor era acompanhado de perto por "fiscais eleitorais", preparados para intimidar os eleitores para votarem no candidato apoiado pela cafeicultura. Como tudo era feito para dar impressão de democracia, nos lugares em que havia imprensa, o voto de cabresto não existia; existiam urnas prontas para a contagem, ou seja, a urna na qual eram depositados os votos populares era incinerada e a contagem era feita por outra urna preparada para dar a vitória para o candidato escolhido pelos Barões do Café.

O primeiro presidente eleito pela cafeicultura foi o paulista Prudente de Morais. No seu mandato, criou regras de protecionismo comercial favorecendo os cafeicultores de São Paulo. Depois de Prudente, veio o também paulista Campos Sales, que ficou conhecido por sua política de troca de favores e tráfico de influência, chamada de Política dos Governadores (ex: o governador de goiás quer que sua filha trabalhe no exterior. Sendo assim, pede ao presidente que facilite a admissão de sua filha. Feito isso, o governador fica devendo ao presidente um favor e, quando necessário, o presidente poderia, por exemplo, pedir ao governador que influenciasse os senadores goianos para votarem a favor de uma lei do partido do presidente). Com tal prática, Campos Sales controlava, indiretamente, grande parte dos estados brasileiros (menos o Rio Grande do Sul, mas depois falamos dos gaúchos).

Com a saída de Campos Sales, é "eleito" o presidente Rodrigues Alves. Governou sob tutela dos cafeicultores e aproveitou dos muitos favores devidos a Campos Sales pelos governadores. No fim de seu mandato, a cafeicultura estava enfrentando problemas financeiros: o café brasileiro não estava mais no primeiro lugar isolado do consumo externo, além de produzir numa escala muito maior do que estava conseguindo escoar (vender). Com os excedentes, o preço tenderia a despencar e os cafeicultores quebrariam. Para evitar tal tragédia (pois era o café que movia economicamente e politicamente o país), os Barões do Café se reuniram na cidade paulista de Taubaté para decidir que medidas seriam tomadas para se evitar uma crise. Extremamente submisso, Rodrigues Alves concordou com as decisões tomadas e assinou o "Convênio de Taubaté" (1905), que garantia que o governo brasileiro compraria todo o excedente da produção de café nacional, mantendo os preços e os lucros da cafeicultura. Como Rodrigues Alves sairia no final daquele ano de 1905, o próximo presidente que arcaria com o fardo.

Mas, antes de darmos continuidade, vejamos agora os motivos para a insatisfação dos gaúchos com os paulistas. Além de São Paulo e Rio, os Estados mais participativos na política nacional desde os primórdios do Brasil Império eram Minas Gerais (Inconfidência Mineira) e Rio Grande do Sul (Revolta Cisplatina, Farroupilha, Revolta Separatista). Os mineiros nunca foram de se mostrar, esperando sempre a hora certa para se manifestar no cenário político ("astutos"). Já os gaúchos sempre foram mais exaltados, criticando a torto e a direito o governo central ("enrustidos"). Com a manutenção do governo nas mãos dos paulistas (corrupção, voto de cabresto, política dos governadores), os gaúchos estiveram sempre criticando e denunciando as práticas ilegais de SP. Cansados de serem deixados de lados nas decisões políticas, os mineiros começaram a traçar uma possível aliança com os gaúchos para retirar os paulistas do poder. Os manos viram o trampo que tava rolando na parada e decidiram cortar logo o barato dos gaúchos, chamando os mineiros para dividirem o poder. Barbaridade, tchê?! Novamente isolados, os gaúchos continuaram criticando a então instaurada Política do Café-com-Leite (acordo de alternância de poder entre paulistas e mineiros), que durou até 1930.


  • República do Café-com-Leite (1906 - 1930)
Como ainda não vimos os 8 governos desse período em detalhes, apenas listarei os nomes e respectivos estados dos presidentes mantidos pela cafeicultura paulista e mineira:
  1. Afonso Pena - Minas Gerais

  2. Nilo Peçanha - São Paulo

  3. Hermes da Fonseca - Rio Grande do Sul (exceção à política café-com-leite, para amainar as críticas dos gaúchos ao governo central)

  4. Venceslau Brás - São Paulo

  5. Delfim Moreira - Minas Gerais

  6. Epitáfio Pessoa - São Paulo

  7. Artur Bernardes - Minas Gerais

  8. Washington Luís - São Paulo

Depois de W. Luís, termina a Política do Café-com-Leite e, junto com ela, termina a República Velha (1930), pois houve uma revolução militar, chamada Revolução Tenentista, que foi responsável por derrubar a cafeicultura do poder e colocar na presidência um representante que agradasse aos gaúchos (que não mais suportavam a alternância SP -MG e pediram ajuda ao Exército) e ao Exército (responsáveis pela Revolução). Começa aí uma nova fase da República Brasileira.




COMUNIDADE DE CANUDOS




A sociedade solidária fundada em Canudos (região do Norte da Bahia; início da República Velha), teve como iniciador e líder o chamado Antônio Conselheiro, considerado um líder messiânico. Antes, então, de vermos o que foi a comunidade de Canudos, vejamos o que seria o messianismo. Messiânico é tudo aquilo que se refere a um messias, alguém enviado para servir a uma causa maior que ele. Os exemplos mais concretos são os 3 fundadores das religiões monoteístas: Abraão (Judaísmo), Jesus Cristo (Cristianismo) e Maomé (Islamismo). O messianismo pode existir, então, no campo religioso (como os 3 exemplos) ou no campo político. O messianismo no campo político é diferente do religioso, pois o "messias" político não serve a uma causa maior, ele cria e prega a sua causa. Exemplos concretos são os ditadores Hitler e Mussolini, que se utilizavam da crença do povo em suas idéias para conquistar outros povos. Antônio Conselheiro foi uma mescla de messias político com messias religioso: ele teve o sonho de procurar uma região aonde seria estabelecida uma comunidade solidária. Ele pregava essa crença juntamente com sua fé católica, o que aproximou muitos fiéis de sua causa.




Sua caminhada à procura da região sonhada durou 17 anos, escolhendo a região de Canudos (norte da Bahia) como propícia para a fundação de sua sociedade. Seu projeto, que durou 4 anos - antes de ser destruído, foi um sucesso: ao final dos 4 anos, moravam em Canudos mais de 20 mil pessoas, sem contar os milhares de peregrinos que ali paravam para buscar aconselhamento com Antônio Conselheiro (daí ele pegou o apelido). Aconselhamento tal que podia ser, inclusive, de cunho religioso, o que incomodou os bispos baianos (que estavam perdendo "clientela"). Além dos bispos, Conselheiro tinha mais dois fortes inimigos: os latinfundiários que eram, inicialmente, donos das terras de Canudos e o governo federal, que via a sociedade independente de Canudos como uma ameaça à integridade nacional (além de Antônio Conselheiro falar bem de D. Pedro II, a quem tinha conhecido na maior seca do Nordeste - o Imperador estava numa visita para confortar e amainar os sofrimentos dos súditos nordestinos, o que cativou a simpatia e o respeito de Antônio).




Embora falasse bem de D. Pedro e da Monarquia, Conselheiro não pretendia criar um governo monárquico. Muito pelo contrário, o que ele instituiu foi um socialismo, de certa forma: era uma sociedade solidária, independente e auto-suficiente que chegou, inclusive, a exportar algodão para os EUA. Mas, sob o pretexto de que ele estava fazendo uma revolução, o governo tomou medidas para acabar com Canudos. Inicialmente, o governo baiano mandou 100 soldados. Todos morreram nas mãos dos jagunços (seguidores de Antônio Conselheiro que resistiam às invasões). Posteriormente, enviaram 600 soldados. Novamente, perderam todos. O Governo Central resolve, então, entrar na briga: 1600 soldados são enviados. Todos morrem (por incompetência: tinham equipamentos para uma abordagem surpresa mas atacaram em noite de lua cheia, podendo ser vistos claramente pelos jagunços). Depois de humilhado, o Exército resolve apelar: 10 mil homens são mandados para Canudos, que não conseguiu resistir por muito tempo - a população foi dizimada e Conselheiro morreu em combate.

A matéria do, que eu saiba, cai até aí. Talvez ele nem tenha dado Café-com-Leite em algumas salas, mas já fica aí. Abraços!



Aulinha de revisão, quarta-feira, no Galois da L2, das 14h às 18:30h!

maio 10, 2009

Plantões/Aulas

Seguinte, povo...

com os resultados da "enquete" do blog, vou fazer alguns comentário sobre os plantões:
  1. Para os 30% que votaram em "Que plantões???": os plantões/aulas são como pequenas aulas ou plantões de dúvidas que eu faço geralmente em semanas de prova, segundas e quartas à tarde no Galois. Às vezes, como na prova de geografia, eu faço uma pequena revisão antes da prova (no próprio dia).
  2. Para os 40% que querem "Plantões toda semana, à tarde": eu continuarei todas as segundas e quartas no colégio, geralmente no prédio azul (estudando, fazendo resumos, resolvendo exercícios/FAS - ou ao menos tentando).
  3. Para os 33% que querem em vésperas de prova: quando coincidir da prova ser numa terça ou numa quinta, estarei no colégio dando revisão geral (menos de matemática, por favor - isso é com o Rodrigo).
  4. Para os 16% que querem online (msn/skype): é difícil organizar um plantão devidamente por msn/skype, mas eu fico à disposição para tirar dúvidas, comentar questões e/ou resumos. Enfim, meu skype é mateus.felix e meu msn é mfdsm@hotmail.com.
  5. Para os 14% que acham que eu "não deveria continuar e sou um imbecil" e para os 18% que acham que eu "devo continuar, mesmo sendo um imbecil": vou continuar. E dane-se se sou um imbecil ou não.
Outra coisa: os resumos para as provas de quinta já estão sendo preparados. Assim que ficarem prontos, eu posto.

AVISO DO BLOGGER: o blog não funcionará por uns 10 minutos, na segunda-feira (11/05 amanhã), às 2 da madruga... mesmo que eu duvide que vocês entrem nesse horário, é sempre bom avisar.
"Blogger will be unavailable Monday (5/11) at 2:00AM PDT for about 10 minutes for maintenance."

Abraços,
Félix.

maio 09, 2009

Rola uma química...

Para fazer download das aulas de química do Euclides, é só clicar na imagem abaixo...


Como o arquivo de slides tem vários vídeos independentes associados, talvez não funcione direito. Por isso, os vídeos estão em arquivos separados. Para juntá-los, é só editar a apresentação no powerpoint, indicando o local do computador aonde estão armazenados os vídeos. Qualquer problema ou dúvida, eu respondo pelos comentários.

Abraços,
Félix

maio 08, 2009

Arquivos de Visuais

Os arquivos de visuais (imagens que eu postei a análise juntamente com a análise das vanguardas) podem ser baixados ao clicar na imagem abaixo.




Abraços e boas provas!

Félix

Vanguardas Européias - CADERNO

Este é o caderno do Cláudio, de acordo com o que ele falou das obras e respectivas vanguardas artísticas.


  1. FAUVISMO: “A conversa” – Matisse
  • Métodos rústicos
  • cor simplificada
  • ausência de tridimensão
  • formas primitivas
  • estrutura monocromática,
  • elementos decorativos
  • imagens inspiradas na arte popular
  • obras com aparência de inacabadas.

  1. EXPRESSIONISMO: “Prostituta ao Espelho” – G. Roualt
  • Preocupação com a decandência humana
  • inspiração em Van Gogh
  • formas inspiradas na arte primitiva
  • contornos rudes
  • apesar da deformação existe uma emoção fortemente organizada
  • imagens exageradas
  • imagens exageradas
  • retratos sombrios e sinistros da mente humana
  • cores planas e formas pesadas
  • cores carregadas e simbólicas

  1. CUBISMO ANALITICO: “As Moças de Avingnon” – Pablo Picasso
  • decomposição em vários ângulos
  • imagens misturadas com o fundo
  • cabeças selvagens de influência africana
  • desconstrução desumana das formas (arte tribal)
  • realidade vista em todos os ângulos ao mesmo tempo

** Expressionismo: existencialista, fala sobre a sociedade moderna e industrial (inaugurada a estética africana). Raiz: Münch. Presença do amarelo para representar doença, morte (tensão, grotesco). Caricaturas são exemplos de obras expressionistas (representação da realidade dando ênfase aos defeitos).

  1. 1905: 1o grupo: “A Ponte” (fala da decadência do mundo, mas não denuncia);
  2. 1911/1912: 2o grupo: "Cavaleiro Azul" – passam a criar obras diferentes, apreço pela emoção, desenhos de criança, misticismo.


continuando as obras:

  1. “Veados na Floresta” – expressionismo do grupo Cavaleiro Azul – Franz Mark
  • Visão mais poética e original
  • Exalta a arte infantil e primitiva
  • Obra com representações figurativas a abstratas
  • Densa teia de formas e cores
  • Suavidade
  • Cores luminosas e não-naturalistas
  • Composição em blocos que lembram o cubismo
  • Visão romântica e espiritual da arte
  • O grupo Cavaleiro Azul Não tinha um programa artístico

  1. FUTURISMO: “A Rua Entra na Casa” – Baccioni
  • Objetivo do futurismo: libertar a arte das limitações históricas, celebrar a chegada da era moderna
  • obras dotadas de movimento
  • ruído visível
  • formas caóticas e desordenadas
  • fascínio pela velocidade e dinâmica
  • exaltação da guerra e da destruição
  • mundo privado em comunicação com o público

  1. ORFISMO: “Homenagem a Breriot” – Robert Delawnay
  • cores vivas
  • relaciona arte e música
  • união dos homens com as máquinas
  • mistura de abstração e imagens representativas
  • poder da cor sobre a forma
  • Orfismo = fundir cubismo, futurismo e fauvismo
  • blocos de cor pura
  • círculos multicoloridos

  1. ABSTRACAO INFORMAL: “Acentos em Rosa” – Kandinsky
  • Música puramente visual
  • Despreza os valores do processo e da ciência
  • Efeitos psicológicos da cor
  • Sobreposições de planos
  • Emocional e subjetivo
  • A necessidade interior revelaria a própria arte
  • Experiência visual para uma contemplação prolongada
  • Iniciou a moderna arte abstrata

  1. SUPREMATISMO: “Quadro Negro” – Malevith
  • Arte sem ideologia
  • Surge da necessidade pessoal do artista de criar
  • Arte não deve imitar a natureza
  • Perspectiva linear (acaba com a perspectiva renascentista)
  • Diferença entre homem e animal: o homem pode desenhar uma linha reta.
  • Linha reta = Busca racional da organização. "A linha reta organiza o caos da natureza."
  • Forma suprema: quadrado. Forma fundadora de todas as outras. Representa a potência do homem.
  • Aproxima-se ao Nirvana budista (estado de alma sem desejos). Seu quadro “Quadrado Branco sobre Branco” representa isto: é o infinito.

ESTÉTICA DA MÁQUINA:

  1. 1908: Cubismo (todas as correntes racionais vêm dessa escola)
  2. 1910: Futurismo
  3. 1914: Construtivismo (Rússia)
  4. 1914: Suprematismo (Rússia) – ligado ao Cubismo è Abstração Geométrica

9. CONSTRUTIVISMO - Monumento à terceira internacional - Vladimir Tátlin 1919

  • Ocorre na Rússia
  • Ideologia linear, simples.
  • Contrução metálica.
  • Estipular a ordem a partir de uma arte racional, imposta a sociedade
  • Valorização da tipografia ( cartaz ) - reta, racional
  • Arte didática, tecnológica e concreta.

10. NEOPLASTICISMO - Pintura em Losango em Vermelho, Amarelo e Azul. - Piet Mondrian - 1921/1925

  • Ocorre na Holanda, tendo ligação direta com uma revista "De Stijl" ( o fim da natureza é o homem, e o fim do homem é o estímulo)
  • O pintor passa por várias fazes até chegar na abstração ( naturalismo, fovismo, cubismo e abstração.)
  • Chega ao abstracionismo através de uma série de telas com o tema 'árvore' ( retira do objeto as particularidades, até atingir a sua essência).
  • Para o artista, a vida é pura atividade interior; sem o desejo pelo objeto, o homem se aproxima da sua verdade.
  • Minimiza qualquer expressão da individualidade do artista.
  • A harmonia e o rigor são importantes para ordenar o mundo , desta maneira, ele elimina as linhas curvas que trazem confusão.

Já posto o link para baixar as imagens.

Agradecimentos ao casal Daniel e Nina Sandoval e ao Salum por disponibilizarem seus cadernos.

Abraços, boas provas. Qualquer dúvida ou erro, só colocar no comentário.

Félix.