maio 15, 2011

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outubro 04, 2010

Biologia



Seguem os conteúdos para a prova de biologia da 6ª etapa de vocês. Só clicar nas imagens - cada uma leva a um arquivo de resumo.

Abraços,
Félix

















































e link para o do Fadul (imagem falhando): http://www.4shared.com/file/tb7sHIPI/Parte_do_Fadul.html
Abraços!

outubro 01, 2010

Parte do Edilberto

Não lembro de ter tido toda a matéria que vocês estão tendo com o Edilberto, mas vou colocar o pouco que sei que cai e eu tenho... (dica: leiam os capítulos que não estiverem aqui, ele usa bastante o livro como fonte).

E o que eu tenho é: modos de produção (toyotismo, taylorismo, etc) e ciclos de inovação tecnológica, que seguem abaixo...


Vejamos então como o homem se relaciona com o Meio (modelos de produção) e quais são as principais fontes de energia utilizadas pelo homem nesse processo de produção e de dominação do meio, além de como essas fontes foram evoluindo com a crescente inovação tecnológica.

Inicialmente, na Terra, o homem se utilizou basicamente da natureza para obter o que necessitava – era o Meio Natural. Seu transporte e sua obtenção de energia, por exemplo, dependiam do fogo (lenha), da tração animal e da água. Com a 1ª e a 2ª Revolução Industrial, o homem passa a dominar mais o meio natural, criando um meio baseado na exploração dos meios naturais: o Meio Técnico. Com as Revoluções, o homem aprendeu a usar o carvão para movimentar a máquina a vapor e poder otimizar a obtenção de energia e os transportes (na 2ª Revolução, surgem o petróleo e o motor a explosão). Por um bom tempo, o homem foi aprendendo a depender cada vez menos da natureza e a criar tecnologias para seu próprio uso.

Com o fim da 2ª Guerra Mundial, temos a Guerra Fria e as crises do Petróleo (década de 70), que trouxeram avanços que constituem a 3ª Revolução Industrial: a corrida armamentista/espacial e a busca de tecnologias não dependentes de petróleo (microtecnologia, por exemplo) são essenciais para que o homem passe do Meio Técnico para o Meio Técnico-Científico-Informacional, no qual são mais importantes as ciências e a troca de informações (comunicações, por exemplo). Nesse novo processo, temos novos sistemas de produção, novos produtos, novas tecnologias, novos mercados consumidores, novas fontes de energia menos dependentes de petróleo…

Agora que vimos os meios, vamos ver as tecnologias que revolucionaram cada época. Na página 98 temos os ciclos de inovação tecnológica, que mostram o ciclo da energia hidráulica, do carvão, do petróleo, da eletrônica e da informática (esse último no final).

E, para acabar com o capítulo 6, temos os modelos de produção que, desde a 2ª revolução industrial, ditam o ritmo da produção industrial:

a) Fordismo/Taylorismo: Henry Ford, dono da Ford veículos, montou um sistema que baseava-se na linha da produção padronizada – uma esteira onde cada funcionário faz sua parte independente do resultado final – e na produção rápida e eficiente para produzir estoques e baratear a produção. Deu certo até 29, quando justamente os estoques foram causa da crise (superprodução).

b) Toyotismo: surgiu depois da crise de 29 como um sistema de células de produção (ao invés da linha de produção, cada grupo faz uma parte da produção, se importando com os resultados intermediários – a criatividade é valorizada) e com manutenção de um estoque pequeno (para evitar superprodução). O controle de qualidade é rigoroso e a empresa é menos desigual (os funcionários têm importância individual e são recompensados por seus esforços, igualando-se em importância a administradores). Trabalha com a mecanização e a busca de novas fontes de energia.

c) Pós-Toyotismo ou “Volvismo”: baseia-se na total mecanização da produção e na criação de tecnologias que valorizem a capacidade intelectual e a formação dos funcionários. (É uma teoria ainda, não é um modelo fixo.)

Não sei se essa parte cai, mas é bastante relacionada com a anterior, então fica a leitura...


Relação do homem com a produção e com o meio ambiente

Das fontes de energia utilizadas pelo homem nos dias de hoje, a de maior importância no cenário global é o petróleo. O petróleo é a fonte mais utilizada de obtenção de energia desde a 2ª Revolução Industrial, juntamente com outros combustíveis fósseis – como o carvão mineral. Sua origem é a decomposição de restos orgânicos de milhões de anos e sua distribuição é desigual em todo o globo (principais jazidas: África, Oriente Médio, EUA). Pode ser considerado renovável, mas sua renovação acontece em milhões de anos. Sua combustão, juntamente com a do carvão e outros combustíveis fósseis, é responsável pela emissão de gases relacionados ao aquecimento global.

Nunca antes na História se viu uma matéria-prima ser tão valorizada: com as crises do petróleo de 73/79 (Yom Kippur e Revolução Islâmica do Irã) e o uso contínuo e crescente do “ouro negro” fizeram seu preço subir até as alturas. Hoje em dia, com o ambientalismo em voga e com a dúvida sobre a duração das reservas do combustível fóssil (tanto o carvão mineral quanto o petróleo), o jeito é procurar novas fontes energéticas. Fontes energéticas de preferência renováveis e, principalmente, limpas – tais como a hidrelétrica, a eólica, a solar e a nuclear.

A hidrelétrica tem como vantagem a constante fonte de água (os rios) e a grande capacidade geradora – os problemas incluem a área que gastam (para fazer o reservatório e para construir a usina em si) e a necessidade de rios caudalosos e sempre cheios. A eólica também precisa de ventos fortes o ano inteiro, além de uma grande área com as torres gigantescas de captação. A solar é só uma questão de espaço e dinheiro (é muito cara), considerando que a insolação na Terra é mais que suficiente para gerar energia. A nuclear é cara, mas é a solução para as térmicas – o funcionamento é o mesmo, a diferença é de onde se retira a energia (das reações nucleares). O problema são os resíduos radioativos que, por mais que não poluam a atmosfera – influenciando no aquecimento global -, são nocivos à vida animal e devem ser armazenados em áreas isoladas ou no fundo do mar (questão de espaço/custo).


Grande abraço e boas provas!

Mateus Félix

Clima e aspectos relacionados

· Estou postando esse resumo com Clima do Brasil e aspectos que geralmente estão relacionados ao clima, como solstício e equinócio, afélio e periélio, determinação das estações e por aí vai. Se virem que vai muito além do que o F.Mendes falou em sala, só desconsiderem.

O Brasil pode se orgulhar de ser o único penta-campeão no futebol, o único que tem um professor de geografia como o nosso e país que é mais tropical dentre todos os países (não precisa dizer que é do mundo porque todos os países são do mundo). Nesse nosso grande território localizado majoritariamente entre o Equador e o Trópico de Capricórnio, temos o clima tropical (subdividido), o clima semi-árido, o clima sub-tropical e o equatorial. Vejamos suas características:

1. Semi-árido: clima da região do sertão nordestino e do norte de Minas Gerais, caracterizado pelo baixo nível de pluviosidade (poucas chuvas) concentrado em épocas incertas – pode ficar sem chover durante um bom tempo no sertão. Por mais seco que seja, o semi-árido nordestino ainda pode ser caracterizado como o semi-árido mais chuvoso do mundo, se comparado a desertos africanos e chineses. A temperatura média durante o ano é alta e não “vareia” muito (baixa amplitude térmica).

2. Sub-tropical: clima da região sul, tem muita influência das frentes frias do Atlântico Sul. Verões muito quentes e invernos muito frios (alta amplitude térmica), chuvas intensas mas bem distribuídas. Temperatura média de 20º ao longo do ano.

3. Equatorial: é o do extremo norte e da Floresta Amazônica. Média de temperatura muito alta, com baixa amplitude. Chuvas o ano todo, contando com a chuva da evapotranspiração da floresta (sempre quente e úmido, registra as cidades com maior índice pluviométrico do país, chovendo até 300 dias por ano).

4. Tropical: é o presente na maior parte do Brasil (Sudeste, Centro-Oeste, parte do Norte). Divide-se em:

- Tropical de altitude: localizado nas regiões serranas do Sudeste (desde Diamantina-MG até a Serra do Mar-RJ/SP). Inverno rigoroso e verão ameno, baixa amplitude térmica – influência das massas de ar frio do sul. No inverno ocorrem geadas e no verão as chuvas são intensas.

-Tropical úmido ou atlântico: presente por toda a extensão da costa brasileira, é caracterizado pela constante umidade (chuvas constantes; mais intensas no verão do Sudeste e no inverno do Nordeste) e pelas altas temperaturas no verão; inverno ameno (baixa amplitude térmica com médias de 40º no verão e 20º no inverno).

-Tropical (propriamente dito): na maior parte do Planalto Central, caracteriza-se por verão chuvoso e inverno muito seco, com baixa amplitude térmica e índice pluviométrico médio normal (muito seco no inverno e muito chuvoso no verão: na média fica tudo médio).

Aspectos geográficos que interferem no horário, no clima e nas estações do ano...

Iluminação Solar – Determinação de Horários e Estações

· Fuso Horário

Em 1884 foi feita uma reunião entre os principais países desenvolvidos para resolver a questão da padronização dos horários. A solução a que chegaram foi dividir os 360° da circunferência terrestre em fusos de 15° cada um. A diferença entre cada fuso seria de uma hora, perfazendo 24 horas numa rotação/dia (24 fusos). Sendo assim, pegaram o Meridiano de Greenwich para ser o horário padrão (hora “zero” – GMT: Greenwich Mean Time = Hora Média de Greenwich). A 180º, no ponto oposto a Greenwich (anti-meridiano), temos a Linha Internacional da Data – quando um avião cruza a linha da data no sentido leste-oeste, ele avança um dia (meio confuso, mas não esquenta com isso não). Como a rotação da terra é no sentido leste-oeste (o sol “nasce primeiro” no Japão), os horários a leste de Greenwich (Oriente) são adiantados em relação à GMT e os horários a Oeste (Ocidente) são atrasados em relação à GMT, daí dizer que o horário do Brasil, que está a oeste, é GMT – 3 (3 horas a menos que Greenwich).

Os fusos foram determinados astronomicamente, ou seja, considerando a terra como um astro esférico, não levando em conta os países – essa demarcação é a demarcação teórica. Na prática, cada país pode alterar os traçados dos fusos para melhor adequar seu território às variações de horário (fusos com mais ou menos de 15°). No Brasil, por exemplo, temos adaptações aos fusos teóricos que tentam enquadrar a maior quantidade de estados dentro de um único fuso (aconteceu com as “bordas” ocidentais dos estados do Sul e com as “bordas” do litoral do Nordeste). Dentro de um fuso, sendo ele teórico ou prático, não há variação de horário – por isso é interessante ter o maior número possível de estados com o mesmo fuso: como a economia baseia-se no horário oficial, ter os estados com a hora oficial ajuda na coordenação da prestação de serviços e no comércio, além da própria produção industrial.

As mudanças que ocorreram no Brasil, em 2008, são com o intuito de acabar com alguns fusos teóricos e juntar o máximo de estados no fuso GMT -3, que é o de Brasília (hora oficial do país). Antes, tínhamos 4 fusos (Fernando de Noronha GMT -2; Brasília e maior parte dos estados GMT -3; Amazonas e outros estados GMT -4; Acre GMT -5). Agora, o fuso do Acre foi extinto (e ainda dizem que o Acre existe! Num tem nem horário estabelecido…) e unido ao fuso GMT -4; assim, a máxima diferença de horário em território brasileiro é entre Acre e Fernando de Noronha, com 2 horas de diferença, e uma hora de diferença com Brasília (2 com o horário de verão). Há um projeto para unificar todos os 3 atuais fusos no fuso GMT -3 de Brasília.

· Horário de Verão

Como podemos bebericar da sabedoria do Fernando Mendes, todos sabemos que a história “horário de verão é pra economizar energia” é lenda! Sim, a instituição do horário de verão economiza energia (pouca), mas o objetivo do horário de verão nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste é evitar o que ocorreu há 7 anos em todo o território nacional: um apagão. O apagão é uma queda da distribuição de energia causada por uma sobrecarga no sistema elétrico (sistema este que é deficiente e se concentra em algumas linhas principais no Sul e Sudeste, regiões de maior demanda). Nordeste e Norte não alteram consideravelmente a demanda nos horários de pico, por isso não é aplicado o horário de verão.

Para evitar a sobrecarga, diminui-se a demanda. Como? Instituindo em alguns estados uma mudança de horário durante o verão, época de maior produtividade das indústrias (maior demanda) e de maior consumo da população. A mudança no horário faz com que o pico de consumo (horário em que se consome mais) das indústrias não coincida com o pico de consumo da população (com uma hora a mais de iluminação solar, a iluminação pública, por exemplo, é adiada das 19h para as 20h, não mais coincidindo com o horário de funcionamento das indústrias, que vai até 19h). A economia de energia vem com essa “hora a mais” de iluminação solar, que evita o gasto com iluminação pública e doméstica.

· Solstício e Equinócio – determinação das estações

A Terra gira em torno do Sol e em torno de si mesma ao redor de um eixo imaginário. Tal eixo se desloca durante o ano, causando variações na iluminação solar em algumas regiões do planeta (olhar figura da página 48). Vamos considerar que, ao invés da Terra, quem se desloque seja o Sol, apenas por uma questão de referencial… Quando o Sol está “alinhado” com a linha do Equador, toda a Terra (hemisférios Norte e Sul) tem iluminação igual, o que acontece por volta dos dias 23 de setembro e 22 de março e chamamos de Equinócio. As datas dos Equinócios determinam o início das estações intermediárias: primavera (pré-verão) e outono (pré-inverno).

Ao passar pelo Equador, o Sol continua se movendo para os trópicos. Ao chegar ao trópico de Câncer, geralmente dia 21 de junho, temos o verão no Hemisfério Norte (maior proximidade do sol) e inverno no Hemisfério Sul (mais afastamento do sol). Seis meses depois, deslocando-se para o sul e depois de passar pelo Equador (equinócio), o Sol alinha-se com o trópico de Capricórnio geralmente no dia 21 de dezembro. Nessa situação, com o Sol mais próximo do Hemisfério Sul, é verão; no Norte, mais afastado do Sol, temos inverno. Essas duas situações nas quais o Sol ilumina mais desigualmente a Terra são chamadas de solstício, que podem ser de verão ou de inverno. Para o hemisfério Norte, o Solstício de Verão é dia21/06 e o de Inverno é dia 21/12; o contrário acontece para o hemisfério Sul: Solstício de Verão dia 21/12 e de Inverno dia 21/06.

Os Solstícios também ajudam a acabar com a lenda de que os pólos passam 6 meses no escuro total e 6 meses com iluminação completa – quando o Sol está no Trópico de Câncer (21/06), a curvatura da Terra impede que chegue luz ao Pólo Sul e faz com que, durante o Solstício, o sol apareça 24h no Pólo Norte. O contrário acontece no fim do ano (21/12), quando o Sol atinge Capricórnio: dia de 24 horas no Pólo Sul e escuro total no Pólo Norte. Com o movimento do Sol (do eixo da Terra), a iluminação nos pólos vai aumentando/diminuindo gradativamente (dias com durações diferentes).

· Afélio e Periélio

Na sua órbita elíptica (não é epilética) ao redor do Sol, a Terra passa perto do Sol durante certo período (periélio) e mais distante dele durante outro período (afélio). Periélio e afélio não explicam estações nem durações do dia – explicam apenas a instabilidade climática do Hemisfério Norte e a estabilidade do Hemisfério Sul. Como? Nas mudanças de afélio e periélio, a Terra sofre intensidades solares distintas (mais forte no periélio e mais brando no afélio). Terras (áreas continentais) esquentam mais que oceanos. Sendo o Hemisfério Norte constituído de muito mais terras que águas, ele “esquenta” mais no periélio e “esfria” mais no afélio (em relação ao Sul), o que causa uma grande variabilidade térmica (instabilidade, furacões, verões muito quentes, invernos muito frios).

Marx

Caso precisem de resumos de geografia, avisem que eu posto até umas 22h.

Esse resumo fala sobre a ideologia marxista e alguns conceitos sobre seus estudos dos modos de produção. Sua obra Manifesto Comunista não está aqui comentada de forma direta, mas praticamente todos os conceitos importantes estão aqui presentes. Para os que precisarem, estou postando os slides do professor de Sociologia de vocês, ao clicar na imagem abaixo...

Abraços,

Félix.



Karl Marx estudou profundamente a História e a economia das sociedades e, com a ajuda de idéias de pensadores como Hegel, bolou teorias sobre o funcionamento do capitalismo. São de Marx os conceitos de:














1. Modo de Produção: conjunto de aspectos políticos, sociais, ideológicos e, principalmente, econômicos da sociedade que, durante certo período, definem suas estruturas de produção, de trabalho, de dominação, etc. São modos de produção: o Feudalismo, o Mercantilismo e o Capitalismo, entre outros.

2. Classes Sociais: como a sociedade é definida pela sua estrutura econômica, existem e sempre existiram aqueles que trabalham e aqueles que mandam. Marx separa essas categorias de pessoas em grupos chamados classes sociais. Pertencer a certa classe social significa pertencer a certo setor da economia da sociedade. Existem aqueles que são das classes dominantes e os das classes dominadas. No Capitalismo, a burguesia é a classe dominante ou opressora que explora o proletariado, classe dominada ou oprimida.

3. Alienação: separação. Do que? Do operário (força de trabalho) e dos meios de produção (ferramentas, conhecimento, técnicas, propriedade, matéria-prima). Isso faz com que o trabalhador tenha que vender sua força de trabalho em troca de um salário. Ele não participa do processo de produção como um todo, não tem direito ao lucro nem à mercadoria final e nem é dono das ferramentas com as quais trabalha. Isso cria uma relação de servidão do operário em relação ao capitalista, que detém a propriedade privada desses meios de produção. Essa alienação econômica gera alienação social, política e ideológica, evitando que o proletariado tenha noção da sua situação de opressão.

4. Trabalho, Salário, Valor e Lucro: trabalho é todo o esforço realizado para se produzir um bem ou serviço; salário é o que se deve pagar ao trabalhador por sua força de trabalho; valor é o que é agregado à mercadoria com o trabalho – é o que permite ao vendedor pagar o preço de custo e o salário; lucro é a quantia recebida pelo dono da mercadoria além do custo e do salário dos trabalhadores.

5. Mais-valia: é a relação de exploração do proletariado gerada no capitalismo industrial, na qual um dono de fábrica que produz 100 calculadoras por dia, sendo que a venda de 50 calculadoras já paga os salários, o custo e parte do lucro do dono. Dessa maneira, o arrecadado com a venda das outras 50 calculadoras vai todo para o lucro do patrão. Pode-se dizer, então, que mais-valia é o lucro gerado pela exploração dos trabalhadores, que não participam de grande parte desse lucro.

Analisando tais conceitos, podemos ver que Marx define todos os aspectos da sociedade à partir da base econômica dessa sociedade. A tal tendência marxista de considerar a economia como fator determinante da sociedade dá-se o nome de materialismo histórico. Além disso, ele considera a História do homem como a história da luta constante de classes: dominantes versus dominados, servos versus senhores, burgueses/capitalistas versus proletariado. Esse constante embate proposto por ele é referência à dialética de Hegel – tese, antítese e síntese – e só terá um fim com o extermínio da desigualdade entre as classes (materialismo dialético). Ele acredita que o Capitalismo só piora e evidencia essa desigualdade e propõe seu sistema “ideal”: o Socialismo (ou Comunismo)

Em sua publicação “Manifesto do Partido Comunista“, Marx invoca todo o proletariado do mundo a se unir contra a burguesia: acabar com os opressores e instaurar uma sociedade igualitária seriam as bases de um sistema ideal. Mas como iria o proletariado iniciar uma revolução se ele é alienado? Aí entra o papel da burguesia esclarecida (da qual ele dizia fazer parte) – o Partido Comunista -, capaz de espalhar os ideais e conscientizar o proletariado de sua situação, pregando a revolução. Acontecendo a revolução, ele separa o socialismo em fases:

1. Ditadura do Proletariado: com o fim da sociedade capitalista, abole-se a propriedade privada – os meios de produção passam, então, para a mão do Estado composto do Partido Comunista. Tal Estado deve ser ditatorial para evitar, a todo custo, uma possível insurreição da burguesia tentando recuperar o poder político (e econômico). O poder ditatorial também confere ao governo as prerrogativas para fazer as mudanças necessárias na sociedade: educação de qualidade, reforma agrária, investimentos em empregos, etc.

2. Socialismo: é a fase igualitária propriamente dita. O governo, após criar uma estrutura que garanta a igualdade, se torna desnecessário e é destituído (retirado). A sociedade se autogoverna – é o próprio anarquismo.

Contrários à revolução, os proletários de vários países criaram uma vertente desse socialismo científico: a Social-Democracia. A Social-Democracia prega as mesmas fases ditatoriais e anarquistas, mas a subida ao poder deve se dar de maneira democrática: o Partido Comunista deve participar das eleições como qualquer outro partido e, ao chegar ao poder, instaurar o socialismo. Foi o regime apregoado em grande parte dos países da Europa Oriental no período da Guerra Fria.

Vimos que a segunda fase é anarquista. Que diferencia então o Marxismo do Anarquismo? A primeira fase. O fato de existir uma ditadura que prepare para a fase anarquista é um questionamento dos anarquistas, que crêem na abolição imediata de qualquer forma de governo e da instauração de uma sociedade autocrata, sem a passagem por fases intermediárias.

Crítica de Marx à filosofia: ele acha que os filósofos discutem questões muito teóricas e não agem na mobilização da sociedade – motivo pelo qual ele escreve o Manifesto Comunista invocando o proletariado do mundo inteiro para a revolução. Aí está outro alicerce da teoria marxista: o socialismo não deve se restringir a certos países, mas deve ser universal.


Então é isso, recomendo que leiam uns trechos dos slides do professor, que estão bons - apesar de serem muitos, mas especialmente a parte que diz ser um "resumo do manifesto comunista" é de grande importância para a prova de vocês.


Grande abraço e nos vemos - devo passar nas salas semana que vem.

Mateus Félix.

setembro 28, 2010

Diquinhas de Gramática

Dicas de gramática para a prova - não se se é tudo isso, mas fica valendo...


Pronomes relativos:

  1. QUE: se refere a coisa ou pessoa. Não pode ser usado quando há mais de um antecedente, quando o referente está muito afastado ou depois de preposições com mais de uma sílaba (sobre, segundo...).
  2. O/A QUAL/QUAIS: se referem a coisa ou pessoa. Devem concordar em gênero.
  3. QUEM: concorda apenas com pessoa.
  4. CUJO(a/os/as): de posse.

Na hora de colocar o pronome relativo, ver inicialmente se o verbo da oração pede preposição. Depois ver se o antecedente é coisa ou pessoa e juntar as possibilidades de pronomes à preposição (se existir).

Orações adjetivas:

  1. Restritivas: quando pega-se uma coisa no meio de um universo, ou seja, quando há mais de uma possibilidade para o termo/oração antecedente (quando o termo exige a pergunta "qual/quais?"). Exemplo: Os alunos que estudam por resumos amam o blog. No caso, existem alunos que estudam por resumos e alunos que não estudam por resumos. Como não há vírgulas, a oração é restritiva, ou seja, apenas os alunos que estudam por resumos amam o blog. (A pergunta então seria: "quais alunos"?)
  2. Explicativas: quando há apenas uma possibilidade de explicação para o termo/oração antecedente. Por exemplo: Os alunos, que estudam por resumos, amam o blog. A oração adjetiva está explicado "Os alunos", ou seja, todos os alunos estudam por resumos e, por consequência, amam o blog.

A parte do Waldson também não é muito resumível, até porque ele vai colocar aquele quadro de

Quem - fez - o quê? - quando/onde/por quê?

na prova. Então só vale frisar que NÃO SE SEPARA, COM VÍRGULA, O SUJEITO DO VERBO NEM O VERBO DE SEUS OBJETOS e que quando se desloca o adjunto adverbial (quando/onde/por quê?), a vírgula é obrigatória caso seja em forma de oração ou facultativa caso seja em forma de termo.

TERMO = sem verbo. ORAÇÃO = com verbo. Se for deslocar o adjunto para o meio da oração e a vírgula for necessária, é obrigatório que se usem duas vírgulas, caso contrário a oração fica errada pois ou o sujeito ficará separado do verbo ou o verbo dos objetos por uma vírgula.


Sobre crase, apenas algumas regrinhas para saber quando usar ou não:

· A crase é a contração do A artigo e do A preposição representada pelo A com o acento grave (à). Como apenas substantivos femininos pedem o artigo A, já se exclui o uso da crase antes de palavras masculinas, verbos, advérbios.

· Certas palavras femininas não deixam muito evidente o uso ou não da preposição. Então uma dica para saber se há ou não crase é trocar o substantivo feminino por um masculino equivalente. Ex: Fui __ reunião. Só trocar reunião por compromisso,grupo ou algo semelhante – se aparecer AO (contração artigo + preposição) antes do masculino, aparece a crase antes do feminino. No caso, “Fui ao compromisso” – Fui à reunião.

· “Vou a, volto da – crase há! Vou a, volto de – crase pra quê?!” Esse é um macete para crase antes de lugares, cidades, países. Se na volta aparecer o DA (contração preposição + artigo), é porque na ida o a é craseado.

· Sujeito nunca é craseado! Regra para se lembrar que nunca se inicia o sujeito com preposição, logo não há porque craseá-lo.

· Regência verbal: muitas vezes a preposição A que gera a crase é exigida pelo verbo. Exemplo: “Entreguei os papéis __ diretora.” Como o verbo entregar é transitivo direto e indireto (se entrega ALGO e se entrega A alguém) e como diretora é feminino, junta-se preposição A exigida pelo verbo com o artigo A e forma-se a crase: Entreguei os papéis À diretora.


- não se usa crase em expressão de palavras repetidas. Ex: gota a gota, gol a gol, resumo a resumo.
- expressões que indiquem “moda” ou jeito, como “bife à moda”, mesmo que tenham nomes masculinos, levam crase (por analogia).
- casa e terra só são precedidas de crase quando vierem especificadas. Ex: “voltei à casa de minha mãe”, “fui à terra dos meus avós”.

-especificação: quando se quer deixar mais restrito o conjunto. Ex: não vou a festas (geral – o a fica no singular); não vou às festas (grupo restrito, o a ganha crase e concorda com o plural).


Colocação pronominal dos pronomes relativos que, quem, o qual, a qual e cujo (retirado de um resumo antigo):

1. QUE: se refere a coisa ou pessoa. Não pode ser usado quando há mais de um antecedente, quando o referente está muito afastado ou depois de preposições com mais de uma sílaba (sobre, segundo…).

2. O/A QUAL/QUAIS: se referem a coisa ou pessoa. Devem concordar em gênero.

3. QUEM: concorda apenas com pessoa.

4. CUJO(a/os/as): de posse, aparece quando se fala “dele” ou “dela”. O possuidor e o possuído devem ser distintos (e ambos devem ser substantivos). Ex: Devemos socorrer João, cuja casa se incendiou” (a casa do qual). Cuja está entre o possuidor (João) e o possuído (casa), dando idéia de posse (e ambos substantivos).

Na hora de colocar o pronome relativo, ver inicialmente se o verbo da oração pede preposição. Depois ver se o antecedente é coisa ou pessoa e juntar as possibilidades de pronomes à preposição (se existir).


Colocação dos pronomes oblíquos (me, te ,se, nos, vos…) como objeto indireto:

1. NUNCA coloque o oblíquo depois do “silêncio” (início de frase, depois de pontuação); depois de verbo no futuro ou no particípio.

2. Palavras que atraem o pronome oblíquo para seu lado (atrativos): pronomes relativos(que, o qual, as quais…), negações (nunca, jamais, não), conjunções subordinativas(se, conforme, embora…), pronomes indefinidos (tudo, nada, algum, nenhum),pronomes interrogativos (quem, o quê, onde); advérbios (ex: onde – de lugar; hoje – de tempo…) ou a preposição em antes do verbo no gerúndio. Exemplos:

-Não te conheço. (negação)

-O caso de que se tratou no relatório. (pronome relativo)

-Tudo se resolverá a tempo (pronome indefinido)

-Quem te disse isso? (pronome interrogativo)

-Hoje se sabe que… (advérbio de lugar)

-Em se tratando de caso semelhante (em + verbo no gerúndio)

-Conforme se lê no texto da Lei … e -Se se pudesse saber disso antes… (conjunções subordinativas)

3. Em outros casos (geral), coloque o oblíquo DEPOIS do verbo.

Concordância nominal

1. Necessário, obrigatório, proibido e liberado (e afins) só concordam com substantivos femininos (necessária e obrigatória) quando os substantivos a que se referem vierem especificados com artigos. Ex: Entrada é proibido / a entrada é proibida.

2. Quando há dois substantivos para um adjetivo, este pode concordar com um ou com os dois dependendo da posição. Se o adjetivo vier depois dos substantivos, ele pode tanto combinar com o mais próximo (último) ou com os dois. Ex: Aulas e plantões cancelados (é ambíguo, pois “cancelados” pode estar concordando com “plantões” ou com “aulas e plantões”); Plantões e aulas cancelados (os dois foram cancelados); Plantões e aulas canceladas (apenas as aulas foram canceladas).

3. Se o adjetivo vier antes dos substantivos, combina apenas com o mais próximo (primeiro). Ex: Cancelados plantões e aulas (apenas os plantões foram cancelados); Canceladas aulas e plantões (apenas as aulas foram canceladas).

Haja Vista

Obedecendo o Waldson, vamos então aprender a usar o “haja vista”.

1. Não se flexiona nem em gênero nem em número – sempre se diz haja vista, nunca “hajam vistas” nem “haja visto”.

2. Funciona como síndeto de causa. “HAJA VISTA” é o mesmo que “em função de”, “em razão de”, “considerando “, por causa de”.