junho 26, 2009

República Velha - Fim

Tá, cumprindo o prometido, resumos de história.

A matéria é meio incerta, porque ele sempre diz que é acumulativa (República Velha), mas cobra pontos mais específicos do que ele terminou de dar, ou seja, tenentismo e final da República do Café-com-leite. Até tenentismo tem nos outros resumos. Sobre tenentismo, então.

Vimos que, até 1906, a política brasileira era controlada quase que exclusivamente pela cafeicultura paulista. Em 1906, com um acordo iminente entre os mineiros e os gaúchos para derrubarem SP do poder, os paulistas forjaram uma aliança com os mineiros, isolando os gaúchos da política (de novo). Ao acordo entre SP e MG para o revezamento de poder (a cada 4 anos, um dos dois partidos ocupava a presidência) dá-se o nome de Política do Café-com-Leite. Em 1906, Afonso Pena, mineiro, assume a presidência e começa o revezamento. A sequência, então, foi:



  • Afonso Pena – MG
  • Nilo Peçanha – SP
  • Hermes da Fonseca – RS **
  • Vencesláu Brás – SP
  • Delfim Moreira – MG
  • Epitácio Pessoa – SP
  • Artur Bernardes – MG
  • Washington Luís – SP
  • ** Hermes da Fonseca – “O estranho no ninho” = para acalmar os ânimos do gaúchos, que ainda criticavam ferrenhamente o governo, os mineiros se aproximaram dos gaúchos e deram a eles um mandato presidencial. Hermes (e não herpes) tentou colocar várias mudanças em prática, mas todas as suas decisões eram barradas pelo congresso (no qual os gaúchos eram minoria). Isso só deixou os gaúchos tri-revoltados, o que fomentou as posteriores revoltas que acabaram com a República Velha.
Em 1930, com a Revolução de 30 dos gaúchos, acabou a República Velha e, consequentemente, a política do Café-com-leite. Mas, antes disso, ocorreram revoltas com o objetivo de derrubar o governo, chamadas Revoltas Tenentistas (em 22 e 25) e a Coluna Prestes. Tais revoltas/insurreições foram resultado do movimento tenentista, crescente no exército. Mas o que foi o movimento tenentista? Como diz o nome, foi um movimento entre os jovens tenentes (eram inclusive perseguidos dentro do Exército) que, vendo a situação política caótica (revezamento do poder, corrupção, conluios, etc), começaram a questionar o governo e a se organizarem para tentarem derrubar o presidente. Em 5 de julho de 1922, no Forte da Praia de Copacabana (point da cidade), os tenentes resolveram fazer sua primeira tentativa, esperançosos que conseguiriam apoio popular (dos banhistas) e da mídia (que sempre acompanhava tudo o que acontecia naquela praia). O grupo, formado por 17 tenentes (entre eles os líderes Siqueira Campos e Eduardo Gomes) e 1 civil, saiu do forte e foi “pregando” suas idéias pela praia, causando impacto e atraindo a mídia. A notícia chegou aos ouvidos do presidente (Epitácio Pessoa), que convocou o exército para acabar com a zorra. Dezesseis do grupo morreram (os líderes conseguiram escapar), no episódio chamado de “Os dezoito do Forte”. Exatamente três anos depois, em 5 de julho de 1925, os tenentes voltaram à ativa, mas dessa vez bem equipados e com mais pessoas a seu lado. Além da esperada atração da mídia, os tenentes fizeram uma demonstração de força militar que abalou as estruturas da cafeicultura paulista. Um cerco que durou 21 dias deixou muitas mansões (dos Barões do Café) em ruínas. Novamente o governo conseguiu reprimir o movimento, mas via-se que os ideais dos tenentes se alastravam com uma rapidez espantosa. No mesmo ano, em 25, deu-se a marcha final dos tenentes. Liderados pelo tenente gaúcho Luís Carlos Prestes, um grupo formado por militares e civis (mais de 300 pessoas) saiu de Alegrete (RS) com a meta fixa de combater o governo central e derrubar o governo. Por mais de dois anos, a Coluna Prestes (como é chamada), ziguezagueou o Brasil, lutando com o Exército e pregando seus ideais revolucionários. A marcha percorreu diversos estados do Centro-Sul do país, terminando no Planalto Central (a última batalha foi travada numa região perto de onde hoje é Luziânia). Por mais que não tenham conseguido derrubar o governo, colocaram a opinião pública contra toda a situação caótica da política, em especial no interior do Brasil, onde os coronéis dominavam.

Impressionantemente, a cafeicultura agüentou o baque do movimento tenentista. Mas isso somado com a crise de 29 foi demais pra política do café-com-leite. Mas, mestre, o que tem a ver a crise dos EUA de 29 com o poder da cafeicultura? Tudo! A crise de 29 foi uma crise gerada pela euforia de produção que se deu desde o final da 1ª Guerra (19) até 29 (quando se deu a Quebra da Bolsa de NY); tal aumento eufórico na produção foi causado, inicialmente, pela demanda de produtos da Europa pós-guerra, que estava com seu pátio industrial arrasado pela guerra e necessitava de ajuda financeira e de importações de produtos americanos. Com isso, os EUA aumentaram a produção para atender à demanda européia; mas o que os americanos não estavam contando era com a rápida recuperação da Europa, que em 29 já não mais necessitava de tamanha ajuda do Tio Sam. Com a baixa das exportações e com a produção ainda em alta, os estoques das fábricas estavam lotados de produtos. Com o excesso de mercadoria, os preços começaram a cair, assim como o valor das ações. Com todo mundo vendendo as ações que já não valiam quase nada, as empresas começaram a falir – o que gerou reações em cadeia, resultando no crash da bolsa de Nova York, o coração econômico do mundo capitalista. O mundo ficou de queixo caído – e de bolsos vazios: exportações em baixa, preços altos, recessão em diversos países, desemprego crescendo... No Brasil não foi diferente: como o Brasil só exportava café (ok, generalizei demais, mas eram uns 90%), e como a cafeicultura tinha o domínio político e econômico, com a crise os EUA (que importavam mais de 90% do nosso café) pararam de importar café e acabaram com o poderio econômico dos Barões do Café.

Ruindo, a cafeicultura paulista resolveu dar um golpe político: quebrando o acordo de revezamento de poder com os mineiros, SP indicou o paulista Júlio Prestes (que não tem nada a ver com Luís Carlos Prestes) para substituir Washington Luís, que já era paulista (o certo seria indicar o mineiro Antônio Carlos de Andrada, mas nada feito). Com a eleição de Júlio Prestes, em 30, os mineiros se uniram aos gaúchos e deram um golpe no governo, tirando a cafeicultura do poder de vez (acaba então a República Velha e se inicia a Era Vargas).

Além dessa matéria, então, cai o que deu nas outras etapas (é República Velha inteira).

Gostaria de ter colocado mais cedo, mas estava sem internet ontem (estou postando do colégio).

Abraços.

Yeeeees! Acabei outro acróstico!




PS: O do Cássio eu posto até umas 5 horas, no máximo, é que eu estou postando da Escola.


PS-2: Sucesso na UnB, George!

14 comentários:

Anônimo disse...

félix, mais respeito com a morte alheia

Anônimo disse...

Félix, eu perguntei pro paulo e ele disse q o cerco de 21 dias nao terminou por causa da repressão do governo e sim pq eles resolveram reagrupar pq acharam q a mensagem jah tinha sido transmitidadah uma checada ai e se eu estiver errado me corrige plz.

Anônimo disse...

félix, ó:
________ _________
______/_) (_\_______
_)_) (_(_

hahaha

Mateus Félix disse...

A mensagem tendo sido ou não transmitida, o que realmente obrigou-os a sair foi a repressão do exército. Mas não deixa de estar certo.

Abraços.

Outros erros;dúvidas eu corrijo mais tarde, vou postar cássio agora.

Anônimo disse...

TAVEIRA GAY.. é... bem melhor que CAROL SIMOES

Anônimo disse...

A FARRAH FAWCETT morreu também e ela era muito mais gostosa que o M. Jackson :9

Anônimo disse...

Félix,
acho que a segunda revolta tenentista foi em 1924 e não em 1925.
valeu pelos resumos!!

Anônimo disse...

félix, tira essa parada do michael jackson
seu blog tá perdendo o propósito

Anônimo disse...

Félix, o seu resumo está muito bom (como sempre), mas lembrando que em 1922 os tenentes não precisavam do apoio dos banhistas para derrubar o presidente, eles foram até a praia apenas para divulgar o movimento tenentista.

obrigada!

Anônimo disse...

Obrigado félix!!

Felicidades!!

Tem alguns errinhos de português, mas nada tão relevante....

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Mateus Félix disse...

"os tenentes resolveram fazer sua primeira tentativa, esperançosos que conseguiriam apoio popular (dos banhistas)". O apoio popular, no caso, é apoio da opinião pública e não necessariamente apoio na luta armada. Até porque força armada não era a arma para ser utilizada contra o presidente: eram 18 pessoas contra uma guarda presidencial! A pretensão era menor - era usar da opinião pública para forçar uma renúncia ou algo do tipo.

Sim, era pra ser cessão (no resumo do Cássio), me desculpem o português 'castiço'.

Sobre a segunda revolta tenentista, o ano é 24 mesmo (eu anotei 25 no caderno). E a Coluna Prestes começa em dezembro do mesmo ano.

De acordo com o Paulo, o cerco de 21 dias foi desfeito antes da chegada do Exército. Mas será mesmo que o Exército demorou 21 dias pra reagir a um cerco à sede econômica do país?


Abraços e desculpem o atraso com os resumos. Boas provas!

Anônimo disse...

cadê o resumo de geografia e biologia?!

Anônimo disse...

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