junho 28, 2009

União Européia e EUA

Galera, começando então os últimos de geografia, temos Edilberto (com UE e um pouco de EUA) e Fefê Mendes (com China, Índia e América do Sul). Depois eu posto do Lasneaux (sistemas cardiovascular e digestório) e Fadul (transporte e organelas citoplasmáticas). Chico eu acho que não tem porque resumir, porque é só palicação de 1ª e 2ª Leis de Mendel. Às 7 horas, amanhã, eu devo revisar rapidamente biologia e geografia com vocês, se puderem chegar mais cedo e irem até a sala 34, do 3º ano D. Belezóca? Então vamos aos resumos... (conselho: dêem uma olhada no livro de geo, tanto na matéria do Edilberto (capítulo 23) quando na do F. Mendes)

Uma forma cada vez mais comum de organização político-econômica no mundo globalizado é a formação de blocos de países. Os blocos podem ser do tipo ZLC (Zona de Livre Comércio), tendo o comércio de bens liberado entre os membros; do tipo UA (União Aduaneira), que é a criação de uma Tarifa Externa Comum (TEC), possibilitando maior integração econômica; e podem ser do tipo ainda mais complexo, o Mercado Comum (MC). No Mercado Comum, os membros têm as "4 liberdades": livre circulação de bens, pessoas, serviços e capitais. O único Mercado Comum existente nos dias de hoje é a União Européia. Vejamos como ela foi formada.

Em 1992, quando foi assinado o Tratado de Maastricht, consolidou-se o plano Europeu de criação de um bloco coeso de países com o objetivo de unificação política. Tal sonho já teve, anteriormente, tentavitas de concretização, como o Benelux (bloco: Bélgica, Holanda e Luxemburgo) - que posteriormente foi ampliado para o CECA (Comunidade Européia do Carvão e do Aço, com a adição de Itália, França e Alemanha), o MCE (Mercado Comum Europeu, fundado pelo pelo Tratado de Roma) e o Euratom (união de países com o objetivo de desenvolvimento de tecnologias baseadas na energia atômica). A fusão dos blocos gerou a atual UE. Vejamos como se deu a fusão:
  • 1951 / 1957: Tratado de Paris e Tratado de Roma, respectivamente, criam a CEE (Comunidade Econômica Européia) e a Euratom (Comunidade Européia da Energia Atômica), com a assinatura dos 6 países do CECA. A CEE, que depois mudou de nome para Comunidade Européia (CE), foi englobando mais países ao longo do tempo:
  1. 1973: Reino Unido, Dinamarca e Irlanda aderem à Comunidade, muito embora os Franceses tenham demonstrado certa resistência à entrada dos 3, pois nenhum deles pertencia realmente ao continente europeu.
  2. 1981: A Grécia se torna o 10º país da CE.
  3. 1986: os países ibéricos (Portugal e Espanha) tomam seu lugar na comunidade, agora com 12 membros.
  4. 1993: entra em vigor o Tratado de Maastricht, assinado pelos 12 fundadores da nova União Européia, que tinha o objetivo primordial de unir a Europa pós-Guerra Fria e manter o continente, que outrora fora o centro do mundo, dentro do Capitalismo cada vez mais globalizado e competitivo.
  5. 1995: Áustria, Finlândia e Suécia, que até o final da Guerra Fria mativeram uma neutralidade forçada por Stalin no início do conflito, se unem à União Européia.
  6. 2004: diversos países (10, para ser mais exato), por decisão do Congresso Europeu, têm sua adesão aceita - Lituânia, Letônia, Estônia, Polônia, Malta, Chipre, República Tcheca, Hungria, Eslováquia e Eslovênia.
  7. 2007: Bulgária e Romênia aderem.
  8. Noruega, Suíça (e não Suécia como eu tinha colocado antes) - tiveram a adesão negada pela própria população, continuando a tradição de neutralidade.
  9. Croácia, Turquia e Macedônia - candidatos com pedido de adesão. Sua adesão é um ponto de muito debate, pois os 3 países são da porção mais asiática da Europa, o que implica em um choque cultural e inclusive econômico muito grande.
  10. Pedidos não formalizados: Sérvia, Montenegro, Kosovo (países multi-étnicos e com disputas internas), Ucrânia e Geórgia (pertencentes à CEI; sofrem pressão da Rússia, que não quer perder influência no bloco).
Rumo à integração completa, o Congresso ou Parlamento Europeu propôs, em 2007, uma Constituição Única para os 27 países da UE. O Tratado de Lisboa, como foi chamado, criaria uma Constituição como a dos EUA (alguns pontos principais; os estados, ou no caso os países, teriam certa independência para tratar de pontos mais específicos). Mas o Tratado não passou, pois era necessário que a aprovação fosse unânime. França e Alemanha, desde o início, reprovaram. Holanda e Irlanda também, sendo que, no caso dos irlandeses, o veto foi popular (por meio de plebiscito). Mudando de nome para Carta de Reformas, o projeto sofreu algumas alterações, como:
  1. Criação do cargo de Ministro das Relações Exteriores, que atualmente é exercido pelo próprio presidente da União Européia. O cargo de Ministro teria uma duração maior que o de presidente, que atualmente é de 6 meses (a cada meio ano, um dos presidentes dos países da UE torna-se presidente da UE - atualmente, o cargo é do presidente daRep. Tcheca).
  2. Criação de uma força militar conjunta, controlada pelo Parlamento (pois a OTAN tem muita interferência dos EUA).
  3. Definição de que as decisões teriam 60% de participação da população (por referendos/eleições).
  4. Definição do veto - para um decisão não ser aprovada, pelo menos 5 países teriam que vetá-la.
Referendos foram feitos em diversos países em 2008 para a aprovação da nova Carta de Reformas. Apenas a população da Irlanda vetou a proposta, barrando novamente uma Constituição Única, que, de certo modo, diminuiria a soberania e a independência política de cada país.

Acontece que, mesmo ainda lutando para uma maior integração política, jurídica e previdencial, a UE conseguiu e vem conseguindo cada vez mais uma união econômica. Exemplo disso é a moeda única, já adotada em 21 países (sendo que 5 deles ainda não pertencem oficialmente à UE). A Zona do Euro, então, engloba os seguintes países: Bélgica, Holanda, Luxemburgo, Itália, Alemanha, França, Irlanda, Grécia, Portugal, Espanha, Áustria, Finlândia, Eslovênia, Eslováquia, Malta, Chipre e os 5 que ainda não são da UE - Montenegro, Kosovo, Andorra, San Martin e o Vaticano. Dos 12 membros-fundadores, apenas o Reino Unido não faz parte da Zona do Euro - isso porque os ingleses tem muito orgulho de sua moeda- a libra, que é mais forte que o euro e representa o poderio econômico inglês de tempos passados (é um símbolo nacional, assim como a Rainha impressa em suas notas).

Fazendo uma generalização bem forçada, podemos dizer que dois países da UE possuem grupos separatistas em seu território, o que gera conflitos permanentes. São eles a Espanha, com o grupo político/terrorista basco ETA, e a Irlanda, com o grupo terrorista/ paramilitar IRA.
  • Caso do ETA: desde a guerra civil espanhola de meados do século passado - quando, em oposição à ditadura franquista, surgiu o ETA - o grupo reivindica uma redemocratização da Espanha e a separação do território basco (região que pertence à Espanha e, parcialmente, à França). Inicialmente, o grupo tinha engajamento político e atraía a simpatia popular; mas, com a crescente frente terrorista do grupo, o apoio popular tem se esvaído. Seus atos de protestos a carros-bomba. Em março de 2003, com a explosão de uma bomba na estação de trem de Madrid, o primeiro-ministro Aynar culpou o ETA - como pouco tempo depois a Al-Qaeda assumiu o atentado, a declaração de Aynar foi tido como discriminatória e ele não conseguiu se reeleger nas eleições da semana seguinte.
  • Caso do IRA: a história da Irlanda possibilitou a formação de um conflito secular entre católicos e protestantes no país. Alguns fatos merecem ser citados:
  1. Invasão normanda do século XII: os bárbaros conquistaram a ilha, sendo depois submetidos ao governo inglês.
  2. Reforma protestante inglesa do século XVI: com a separação de Henrique VIII da Igreja Católica e a criação do Anglicanismo, a briga entre católicos e protestantes começou. Isso porque, enquanto a Inglaterra se protestantizava, os irlandeses eram católicos fervorosos.
  3. Ato de União da Irlanda, 1800: os ingleses permitiram o envio de irlandeses para o parlamento da Comunidade Britânica. Nos anos seguintes, houve uma grande fome no país, que levou os irlandeses a migrarem (especialmente para os EUA). Com a saída de milhares de irlandeses, as terras ficaram concentradas nas mãos de ingleses, que começaram a criar leis que os favoreciam na produção e na posse de terras. Em 1900, aproximadamente, surgiram grupos revolucionários que pediam a independência do país - o que foi negado pela minoria protestante.
  4. Criação do IRA, 1918: com o fim da 1ª Guerra, os revolucionários conseguiram criar um parlamento e um exército (o IRA) independentes dos ingleses e controlados, principalmente, pela maioria católica. Em 21, após dois anos de guerrilha, a independência do país foi reconhecida, sem a região do Ulster (protestante, que ainda faz parte do Reino Unido - Irlanda do Norte). Em 48, a Irlanda do Sul ( ou Eire), separou-se da Commonwealth (comunidade britânica).
  5. Domingo Sangrento de 1972: no Ulster ou Irlanda do Norte, desde a separação, os católicos são minoria e lutam pela unificação da região à República da Irlanda (Eire). Em 1972, sofrendo com a repressão política, com a falta de empregos e com a fome, grupos católicos do Ulster, juntamente com forças do IRA, se revoltaram contra os protestantes. A repressão foi violenta e o mundo todo assistiu à matança de centenas de católicos (civis e paramilitares).
  6. Acordos da Sexta-Feira de Páscoa, de 1998: católicos e protestantes da Irlanda do Norte e do Sul unem-se para assinar acordos de paz. os principais pontos são: os católicos renunciam à separação do Ulster da Commonwealth, ambos os grupos depõem armas, os protestantes não podem mais discriminar a minoria católica do Norte e o Eire (ou Rep. da Irlanda) retira o apoio ao separatismo dos católicos do Ulster.
Realmente foram feitos acordos, mas os atentados dos dois lados continuam. Agora, acabando UE, falemos um pouco sobre os EUA.

Inicialmente, os EUA eram colônia da Grã-Bretanha. Até 1776, quando foi promulgada a Declaração de Independência. Desde então, os EUA vêm numa marcha cada vez mais acelerada de expansionismo pelo mundo. Tal expansionismo pode ser dividido em 3 fases:
  1. Interno: vai da Independência, passa pela conquista do Oeste, as guerras contra a Espanha e termina com a compra do Alasca (antigamente da Rússia) e a anexação do Havaí (em 1898).
  2. Continental e Oceânico: engloba as independências americanas, especialmente a do Panamá e termina com a Guerra Hispano-americana, na qual os EUA ficaram com as colônias espanholas no Oceano Pacífico (Filipinas, por exemplo).
  3. Planetário: Primeira e Segunda Guerras, além de Guerra Fria, Era Clinton, Era Bush e, atualmente, Era Obama. É a época da bipolaridade mundial (EUA x URSS) e, mais recentemente, da unipolaridade hegemônica dos EUA (luta o terror, coração industrial e econômico do mundo...).
Até aí vai a matéria do 1º semestre. Desculpem o atraso com os resumos. Vou acelerar nos de F.Mendes, Fadul e Lasneaux aqui.



Abraços!

24 comentários:

Anônimo disse...

félix, te amo.
se for possível faz o primeiro resumo de bio da matéria do fadul? =)

Anônimo disse...

biologia tá enorme.....bota a materia do fadul se possivel

Anônimo disse...

félix, eu acho que a parte de EUA nao cai,porque o edilberto nao terminou em algumas salas

Anônimo disse...

Fica saindo com a simoes e esquece da gente neh felix?

uahsuhauhsuahsuhasa

brincadeiraa

vlw velho

Anônimo disse...

se der coloca logo o de F mendes, é mais de boas! =)

Anônimo disse...

coloca logo qualquer resumo
por favor

Mateus Félix disse...

eu to terminando de fazer o do f mendes! e fadul é logo depois.

e eu ADORARIA estar saindo com a simões nesse exato momento ¬¬

Anônimo disse...

SENSACIONAL ESSA BRINCADEIRA DE ACROSTICO, VIU, QUE ISSO

Anônimo disse...

HAHAHAAHAHAHHA

Anônimo disse...

simoes simoes

Anônimo disse...

cai sistema cardiovascular e transporte de gases nessa prova??

Mateus Félix disse...

cai sistema cardiovascular sim
hematose deve cair alguma coisinha também

fredao disse...

ô felix, acho que foi em 2004 o atentado ao metrô de madrid, e nao em 2003, como vc colocou.
e, se nao me falha a memoria, o edilbas falou na minha sala que nao foi a al qaeda que fez o ataque nao

Anônimo disse...

oi félix,
"Noruega, Suécia - tiveram a adesão negada pela própria população, continuando a tradição de neutralidade."
è Suécia mesmo? não é Suíça?

Mateus Félix disse...

é suíça, desculpa
e o atentado de madri (que eu não tenho tanta certeza do ano, mas ainda acho que foi em 2003) foi assumido por uma vertente da Al-Qaeda na Europa.

Anônimo disse...

felix, é de boa estudar só pelo resumo de geo?

Mateus Félix disse...

a parte do edilberto é de boa. a de índia e china também, eu acho. Mas mercosul eu aconselho dar uma olhadinha no livro.

Mas acho que tá de boa sim, até porque num é prova discursiva.

Unknown disse...

aaaaaah :') haha

fredao disse...

ainda acho que foi 2004...

Anônimo disse...

2004

leo disse...

felix, caso vc acabe os resumos de hoje e naom esteja cansado e tals... tipo sem querer incomodar muitoo, teria como tu jah fazer o resumo de filosofia, ou entao começar por ele amanha...
valew ai garoto abraçoo

Anônimo disse...

félix, vale relembrar que a União Europeia não é mais um simples Mercado Comum; ela "evoluiu" para um União Financeira e Econômica (mercado comum não tem banco central unico, moeda unica, etc..)
eles sonham em fazer uma união politica (unico presidente, unico ministro das relacoes exteriores) mas ainda tá meio longe, e é aquela longa historia das brigas....

Valeu,
Felipe Martins

adriano disse...

por que essa resistencia toda da irlanda em aceitar uma constituiçao unica? alem do veto da populaçao, tem alguma questao politica?

Mateus Félix disse...

Martins, o que você falou é a própria definição de Mercado Comum, com as 4 liberdades e tudo mais. Acho que no caso você confundiu com ZLC (Zona de Livre Comércio). Mas não deixa de estar certo sobre o resto de União Financeira e Econômica (Presidente, ministro, etc), porque a UE é um mercado comum mais avançado do que qualquer outro projeto, mas não deixa de ser um mercado comum.

E a questão da Irlanda envolve a crise da divisão do país: uma constituição única poderia obrigar a uma separação ou a uma união que deixaria pelo menos um dos lados desfavorecido. Isso e a questão da soberania nacional ser diminuída com uma constituição.

Abraços!